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28 janeiro 2008

Cansei

Já tem uns dias que eu quero te dizer isso. Cansei. Desisti. Não quero mais brincar.

Cansei de te procurar e não ter retorno. Desisti de tentar manter mais contato. Não quero mais brincar de gato e rato, sabendo que você com certeza vai fazer o papel de rato, e não de homem, que é.

Cansei de ser a única que manda e-mails. Desisti de esperar você me dizer quando vem ou não. Não quero mais ficar esperando você me dizer se eu preciso esperar por você.

Porque você sabe que, se precisasse, eu esperaria. Se eu pudesse, contigo eu contaria. Se você viesse, eu te esperaria. Se você me respondesse, ou, numa hipótese remota, escrevesse primeiro, eu te daria retorno.

Mas chega. Não quero conviver com fastasmas que eu só sei o nome. Não quero mais ter que descobrir que você me deixou na mão e nem pra avisar que tava na pior - se é que tá mesmo na pior, talvez tenha mesmo é esquecido.

Esquecido... de uma pessoa que você diz ser tão importante. Que se te decepciona por não dar um telefone, liga alguém perguntando o porquê. Mas de que adianta? Você, mais uma vez, é incapaz de responder a um e-mail...

É por isso que eu digo: cansei, desisti, não quero mais brincar...

23 janeiro 2008

Sob lente de aumento

Às vezes a gente se pega em cada situação engraçada...

Por mais que alguém queira se mostrar 'cabeça feita' ou coisas do gênero, sempre vai acabar se rendendo a algo totalmente inútil, fútil, que não acrescenta absolutamente nada na vida. Exemplo? Novela, desenho animado, reality show... Sim, BBB também é capaz de viciar. E como.

Saber da vida dos outros é um vício que, acredito, quase todo ser humano tem. Quase todo porque em algumas coisas é difícil generalizar, e esse é um caso. Mas, por outro lado, sempre dá para tirar alguma lição, por menor que seja. Sem querer parecer "Poliana", mas tudo tem um lado positivo, com tudo podemos aprender.

No caso do BBB, por exemplo, estamos vendo vidas sob uma lente de aumento. São, na verdade, coisas absolutamente comuns, só que mostrada 24 horas por dia para todo o Brasil.

Vai dizer que você nunca brigou, ou pelo menos viu alguém brigar com o namorado porque ele te acha espevitada demais? Ou porque ele quer corrigir o teu português, ou sente ciúmes do jeito que você dança...

Vai dizer que você nunca fez tipo para verificar se o carinha realmente tá a fim? Ou então se fez de durona, sem querer dar o braço a torcer, mesmo sabendo que ele está certo? (Tudo isso se aplica com os gêneros trocados, ok?)

A única diferença entre a vida deles lá, confinados, é que tudo é multiplicado, tanto para eles quanto para nós. Afinal, também vivemos dentro de uma redoma cheia de câmeras nos observando. Só que o raio da redoma é maior, o universo de convivência é mais amplo, e as câmeras são os olhos das pessoas com quem convivemos diariamente, nos observam, formam opinião sobre nós, escolhem ser ou não nossas amigas.

Por um lado, ainda bem que não temos essa lente de aumento. Eles que se virem com ela. Afinal de contas, apesar das semelhanças, aqui fora é muito mais fácil dar o braço a torcer, voltar atrás em uma palavra torta, demonstrar seus verdadeiros sentimentos. Pois não estamos jogando por nenhum dinheiro, nem fama. Estamos vivendo nossa vida, que, sim, pode ser um jogo, mas só se a gente encarar assim.