O sono foi bom, mas a cama não é mais a mesma. Talvez seja a falta dos meus travesseiros que não vieram junto.
As pessoas são as mesmas de sempre, mudaram muito pouco, é verdade, mas parecem tão diferentes de antes... Será que fui eu que mudei?
Ouço sua voz, mas ainda não pude ver seu rosto. Será que mudou muito? Improvável.
Quero encontrar, ver, mas não consigo. Talvez existam coisas, ou pessoas, mais importantes do que simplesmente matar as saudades.
Não, as coisas não são mais as mesmas.
Eu chamo, mas não tenho resposta.
Tento falar, mas não me ouvem.
Falo, mas não me entendem.
Clamo, mas não me atendem.
Tento, mas não consigo.
O mundo não é mais o mesmo. MEU mundo não é mais o mesmo. É outro, em outro lugar, com outros personagens, outra realidade.
Dos que eram, muitos já não o são mais. Alguns continuam sendo, mas seu papel na história mudou.
Mas o que era não quer deixar de ser. Eu não quero que deixe de ser. Vez ou outra volta, fica ali, cutucando, mexendo na ferida quase cicatrizada.
A gente aceita, claro. Mas, até quando? Não sei. Para sempre? Tomara...
(texto escrito ainda em Maceió...)
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