Há alguns dias lembrei uma viagem feita ao Haiti. Uma grande experiência. Não em relação ao tempo que fiquei por lá, mas pelas marcas que deixou em mim. Junto, infelizmente, uma frustração. Uma daquelas que vira e mexe acontecem no trabalho. Afinal, nem sempre o que produzimos vai ao ar, ou é publicado. Por isso resolvi usar esse blog há tanto adormecido para algo realmente útil.
Na época da viagem, final de setembro de 2008, o Haiti havia acabado de passar por quatro furacões. O Conselho de Segurança da ONU estava para aprovar a prorrogação da missão de paz na época ainda chefiada pelo Brasil, a Minustah. E o brasileiro Luiz Carlos da Costa, funcionário de carreira da ONU, segundo na chefia civil da missão, ainda era vivo, e ainda falava com esperança sobre um futuro para o Haiti, que poderia - ainda pode - ser construído com o auxílio de outros países.
Fui numa comitiva do Ministério da Defesa, representando a Agência Brasil, junto com um fotógrafo. Também estavam na comissão um repórter e um cinegrafista da TV Brasil, uma repórter da Agência Lusa e uma repórter e um cinegrafista da Rede Globo.
Difícil esquecer a primeira passagem por Citè Soleil. Ou a ida a um Aciso em Porto Príncipe, com a distribuição não só de água ou alimentos, mas também de kits para higiene bucal e principalmente, carinho para crianças tão carentes de tudo, absolutamente tudo.
O que posto agora, deveria ter ido ao ar no máximo até depois das eleições municipais de 2008 na Agência Brasil. Contratempos impediram a publicação dentro do prazo. Depois não fazia mais sentido, jornalisticamente falando. Por isso vou publicando aqui os textos que iriam ao ar. Infelizmente não poderei colocar também os áudios coletados e as fotografias feitas pelo Roosewelt, grande fotógrafo.
Quem tiver paciência para a leitura, aproveite. Mas lembre: nem todos que tinham cargos continuam por lá. A maioria, não, afinal, o contingente militar é trocado a cada seis meses.
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