A série, escrita ainda em outubro de 2008, fica por aqui. Algumas matérias chegaram a ser publicadas. Com a mudança no site, a Agência Brasil ainda está sem o arquivo disponível. Assim que já estiver tudo certinho, coloco os links aqui.
Do Haiti, acompanhei o que virou notícia no último ano e meio, desde a minha visita. Como não poderia deixar de ser, o terremoto mais uma vez chocou. Ver o Palácio do governo totalmente destruído doeu, ainda mais lembrando da manhã linda em que fizemos imagens por lá para a TV Brasil, antes de voltarmos para o Brasil.
Doía ver aquela população, já sofrida mais do que o bastante, passando por mais um desastre. Um desastre que, pouco depois, causou prejuízos bem menores no Chile. O que mais desenvolvimento não faz por um país...
Mais uma vez lembrei as cenas de Gonaíves pós-furacões. Tinha sido uma das cidades mais atingidas na época. Algo já esperado visto que ao redor, morros sem nenhuma vegetação, na cidade, casas com pouquíssima estrutura... Os deslizamentos de terra acabaram destruindo parte do muro da base argentina, um dos oficiais já estava doente, devido à falta de higiene e de água potável.
Mas nada comparável à situação da praça central. De um lado, a cadeia pública. Do outro, a igreja matriz, que servia de abrigo para quem já não tinha casa. Na praça em si, lama, esgoto, uma água fétida que ia até o porto velho - um caminho de uma rua só, curta até. Mas cujo cheiro era insuportável. Os bonés azuis recebidos do comando brasileiro viravam máscaras, para tentarmos respirar minimamente. Olhava para o lado, pareciam poças de água, com bastante material orgânico e em decomposição. Era isso o que o cheiro fazia intuir. O cheiro e o aspecto - verde e borbulhante. Melhor não entrar em mais detalhes.
O fato é que aquela viagem vai ser sempre uma marca. Uma lembrança que os textos publicados nos últimos dias aqui ajudam a manter viva sempre.
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