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30 dezembro 2008

Mamma Mia

O filme da minha noite de Natal. Muito bom, a não ser para quem não gosta de musical. Desde semana passada que Mamma Mia, Lay all your love on me e outras canções do Abba não saem da minha cabeça.

Filme lindo, bem humorado, gostoso. Para recordar, uma seleção de algumas das músicas que aparecem na trilha sonora.

Irmãs

"Vocês nunca conviveram tanto tempo, né?"

Errado, já tínhamos convivido mais dias sob o mesmo teto. As três juntas, realmente, não; nem contigo.

Sim, já tínhamos convivido nós duas, até por mais tempo. Mas talvez com menos intensidade. Às vezes ainda é estranho saber que somos três, cada uma em um universo completamente diferente, tanto que simplesmente não convivemos muito, mesmo virtualmente.

Mas ainda assim - e isso é incrivelmente gostoso - é sempre tão bom quando estamos no mesmo lugar. Bom, falo pelo menos em relação às duas mais velhas. Parece que sempre estivemos compartilhando nossas existências, de alguma forma, não rola a sensação de estranhamento que talvez pudesse ser esperada.

Isso é tão bom... que ainda possa se repetir mais vezes, para que a pequena possa ter também a mesma sensação quando estiver grande o suficiente.

27 dezembro 2008

Férias

Eu realmente não imaginava que poderia, com 22 anos, quase 23, curtir uma praia no RS, depois de ter crescido naquela belezura de águas mornas e límpidas, mar calmo e belas ondas (sim, tem as duas coisas) da Praia do Francês.

Pois bem, não só topei o mar de Tramandaí como também ainda me dei o luxo de pegar jacaré com uma prancha de body board (eu ainda aprendo a surfar decentemente), jogar frescobol até os músculos pedirem arrego e ficar lagarteando sob o sol, sentindo o vento frio e úmido.

Tudo isso na companhia dos primos - 20, 15 e 13 anos. Também tia, tios, avó e mãe.

Se há algumas semanas me sentia uma adolescente, nessa semana em praia gaúcha voltei a ser quase criança. E é tão bom...

O passeio em família não terminou, ainda. Muito bom por poder rever os tios, quase todos, tanto da parte do pai quanto da mãe. Rever também boa parte dos primos. Sim, avós, claro. Pai e mãe, lógico. Rever também as irmãs - 17 e 3. A última, na verdade, praticamente me conheceu hoje.

A única coisa ruim é saber queoportunidades assim vêm por problemas de saúde. Infelizmente, as duas avós retiraram tumores este ano e estão sob efeito de quimioterapia. Que também esses mals possam vir para algum bem, para elas e para as duas famílias. Amém.

11 dezembro 2008

Está aberta a temporada de sonhos bizarros.

Se é verdade que os sonhos podem nos mostrar muitas coisas, explicar o que se passa em nosso consciente, subconsciente e similares, isso eu não sei. Pode ser que sim, pode ser que não.

Há quem garanta que algumas coisas com as quais já sonharam de fato aconteceram. Há quem diga que tudo o que se passa em nossa mente tem algum significado, que podem nos ajudar inclusive a tomar decisões. Na própria Bíblia temos uma série de exemplos de quando Deus utilizou os sonhos para falar com as pessoas.

Mas não estou aqui para discutir o significado ou a ausência dele... o fato é que, como acontece de vez em quando, já está aberta a temporada de sonhos bizarros.

Outro dia, você (talvez não o você que está lendo) simplesmente chegou de surpresa. A gente tava bem junto, até. De repente, você numa cadeira de rodas, revoltado porque ninguém ajudou num dado momento, e de novo andando, depois de me fazer chorar rios de lágrimas pela sua teimosia e seu orgulho (que eu nem sei se realmente você os tem).

Noutro dia, depois de um barzinho, o carro simplesmente some. No lugar dele, outro. Um Gol, pra ser mais específica. Só que, pasmem, com tudo o que tinha no original – tudo o que eu deixei, fique claro: pasta, casaco, livro, dicionário de alemão...

Você, que antes tinha me dado um abraço, foi o único a não acompanhar até o delegacia – e que delegacia esquisita, parecia mais uma concessionária. Mais bizarro: até o celular mudou de cara de uma hora para outra. Os “ladrões” do carro também o tinham levado e colocado outro no lugar, sem sequer eu tirá-lo da bolsa.

Bizarro...

Alone

Depois de ouvir a música em casa trocentas milhões de vezes a voz da Darly - que canta bem, sejamos justos, precisava postar aqui.

I hear the ticking of the clock
I'm lying here, the room's pitch dark

I wonder where you are tonight
No answer on the telephone

And the night goes by so very slow
Oh, I hope that it won't end though
Alone

Till now I always got by on my own
I never really care until I met you
And now it chills me to the bone
How do I get you alone?

You don't know I have wanted
To touch your lips and hold you tight

You don't know how long I have waited
And I was going to tell you tonight

But the secret is still my own
And my love for you is still unknown
Alone

Till now I always got by on my own
I never really care until I met you
And now it chills me to the bone
How do I get you alone?
How do I get you alone?


02 dezembro 2008

"Quem um dia irá dizer..."

Em dias de pouca inspiração para escrever qualquer coisa, fica Legião Urbana. Qualquer semelhança é mera coincidência.

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram...

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer...
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse:
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"

Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não 'to' legal, não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar..."

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete,
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camêlo
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema "escola, cinema
clube, televisão"...

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser...

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar...

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
Ah! Ahan!

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão!