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30 dezembro 2008

Mamma Mia

O filme da minha noite de Natal. Muito bom, a não ser para quem não gosta de musical. Desde semana passada que Mamma Mia, Lay all your love on me e outras canções do Abba não saem da minha cabeça.

Filme lindo, bem humorado, gostoso. Para recordar, uma seleção de algumas das músicas que aparecem na trilha sonora.

Irmãs

"Vocês nunca conviveram tanto tempo, né?"

Errado, já tínhamos convivido mais dias sob o mesmo teto. As três juntas, realmente, não; nem contigo.

Sim, já tínhamos convivido nós duas, até por mais tempo. Mas talvez com menos intensidade. Às vezes ainda é estranho saber que somos três, cada uma em um universo completamente diferente, tanto que simplesmente não convivemos muito, mesmo virtualmente.

Mas ainda assim - e isso é incrivelmente gostoso - é sempre tão bom quando estamos no mesmo lugar. Bom, falo pelo menos em relação às duas mais velhas. Parece que sempre estivemos compartilhando nossas existências, de alguma forma, não rola a sensação de estranhamento que talvez pudesse ser esperada.

Isso é tão bom... que ainda possa se repetir mais vezes, para que a pequena possa ter também a mesma sensação quando estiver grande o suficiente.

27 dezembro 2008

Férias

Eu realmente não imaginava que poderia, com 22 anos, quase 23, curtir uma praia no RS, depois de ter crescido naquela belezura de águas mornas e límpidas, mar calmo e belas ondas (sim, tem as duas coisas) da Praia do Francês.

Pois bem, não só topei o mar de Tramandaí como também ainda me dei o luxo de pegar jacaré com uma prancha de body board (eu ainda aprendo a surfar decentemente), jogar frescobol até os músculos pedirem arrego e ficar lagarteando sob o sol, sentindo o vento frio e úmido.

Tudo isso na companhia dos primos - 20, 15 e 13 anos. Também tia, tios, avó e mãe.

Se há algumas semanas me sentia uma adolescente, nessa semana em praia gaúcha voltei a ser quase criança. E é tão bom...

O passeio em família não terminou, ainda. Muito bom por poder rever os tios, quase todos, tanto da parte do pai quanto da mãe. Rever também boa parte dos primos. Sim, avós, claro. Pai e mãe, lógico. Rever também as irmãs - 17 e 3. A última, na verdade, praticamente me conheceu hoje.

A única coisa ruim é saber queoportunidades assim vêm por problemas de saúde. Infelizmente, as duas avós retiraram tumores este ano e estão sob efeito de quimioterapia. Que também esses mals possam vir para algum bem, para elas e para as duas famílias. Amém.

11 dezembro 2008

Está aberta a temporada de sonhos bizarros.

Se é verdade que os sonhos podem nos mostrar muitas coisas, explicar o que se passa em nosso consciente, subconsciente e similares, isso eu não sei. Pode ser que sim, pode ser que não.

Há quem garanta que algumas coisas com as quais já sonharam de fato aconteceram. Há quem diga que tudo o que se passa em nossa mente tem algum significado, que podem nos ajudar inclusive a tomar decisões. Na própria Bíblia temos uma série de exemplos de quando Deus utilizou os sonhos para falar com as pessoas.

Mas não estou aqui para discutir o significado ou a ausência dele... o fato é que, como acontece de vez em quando, já está aberta a temporada de sonhos bizarros.

Outro dia, você (talvez não o você que está lendo) simplesmente chegou de surpresa. A gente tava bem junto, até. De repente, você numa cadeira de rodas, revoltado porque ninguém ajudou num dado momento, e de novo andando, depois de me fazer chorar rios de lágrimas pela sua teimosia e seu orgulho (que eu nem sei se realmente você os tem).

Noutro dia, depois de um barzinho, o carro simplesmente some. No lugar dele, outro. Um Gol, pra ser mais específica. Só que, pasmem, com tudo o que tinha no original – tudo o que eu deixei, fique claro: pasta, casaco, livro, dicionário de alemão...

Você, que antes tinha me dado um abraço, foi o único a não acompanhar até o delegacia – e que delegacia esquisita, parecia mais uma concessionária. Mais bizarro: até o celular mudou de cara de uma hora para outra. Os “ladrões” do carro também o tinham levado e colocado outro no lugar, sem sequer eu tirá-lo da bolsa.

Bizarro...

Alone

Depois de ouvir a música em casa trocentas milhões de vezes a voz da Darly - que canta bem, sejamos justos, precisava postar aqui.

I hear the ticking of the clock
I'm lying here, the room's pitch dark

I wonder where you are tonight
No answer on the telephone

And the night goes by so very slow
Oh, I hope that it won't end though
Alone

Till now I always got by on my own
I never really care until I met you
And now it chills me to the bone
How do I get you alone?

You don't know I have wanted
To touch your lips and hold you tight

You don't know how long I have waited
And I was going to tell you tonight

But the secret is still my own
And my love for you is still unknown
Alone

Till now I always got by on my own
I never really care until I met you
And now it chills me to the bone
How do I get you alone?
How do I get you alone?


02 dezembro 2008

"Quem um dia irá dizer..."

Em dias de pouca inspiração para escrever qualquer coisa, fica Legião Urbana. Qualquer semelhança é mera coincidência.

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram...

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer...
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse:
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"

Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não 'to' legal, não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar..."

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete,
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camêlo
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema "escola, cinema
clube, televisão"...

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser...

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar...

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
Ah! Ahan!

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão!

29 novembro 2008

Why

Post retirado por um único motivo: interpetações erradas. Não precisaria fazer isso, mas às vezes é melhor...

“Paranoias brought me to my knees, Lord please, please, please, take away my anxiety”...

28 novembro 2008

Banho de chuva

Há quanto tempo já não simplesmente saio para sentir-te cair sobre minha cabeça, meus ombros e molhar-me inteira, sem dó nem piedade?

Há quanto tempo já não sinto os teus beijos de gotas molhadas em cada centímetro quadrado do meu corpo, encharcando minha roupa e mina mente?

Sinto falta de ter-te por um momento que seja, a lavar-me o espírito, a acalmar-me a alma, a tirar de mim todos os pensamento que só pesam cada vez mais. Ainda que depois de tudo isso, o que eu precise seja um banho bem quente, para reavivar-me da tua água fria.

Te vejo cair, e mesmo fujo de ti. Talvez me falte coragem de assumir-te, receber-te de coração aberto e sentir todo o bem que podes fazer a alguém.

Depois de um período sem te ver, já sei que daqui a um tempo vou reclamar da tua presença constante, mas não se ressinta, ainda gosto – e muito – de ouvir o teu ruído gostoso envolta no cobertor, sentindo o calor que fazes ficar ainda mais intenso.

Como é bom sentir-te acompanhando e embalando o sono, amenizando o calor do dia, deixando a noite acolhedora, perfeita para aqueles programinhas bem caseiros.

Ainda que não te tenha procurado, sei que sempre estarás aí, para quando precisar de ti. Só te peço que não me esqueças. Serei sempre uma admiradora de todo o teu poder de renovação, uma força que pode ao mesmo destruir ou ajudar a construir. Algo que me destrói a cada toque teu, quando isolados, e me reaviva depois, para seguir em frente.

Circus

Nunca fui fã, mas querendo ou não, todo mundo acompanhou um pouco da trajetória bem ao estilo montanha russa da mocinha-cantora pop-estrela adolescente-mãe-louca. Então aí vai o novo álbum da Britney. Ainda não ouvi tudo, mas parece bem legal para dançar, inclusive.

27 novembro 2008

Pa'bailar

Tema da novela A Favorita, a música cantada pela mexicana Julieta Venegas vale a pena. A letra vai postada. O vídeo é só com a capa do álbum do grupo Bajofondo, com quem ela canta.

Esto está bueno pa bailar

No sé dónde acomodarte
No sé de qué color pintarte
No sé muy bien qué nombre darte
Si te veo por la calle
Pero sé que tu
Me miras a los ojos y es algo único
Sé que yo siempre quiero más

No sé o porque si fue solo un instante
Si niega el tiempo borrarte
Fue una fina sombra que dejaste
Algo hermoso, inexplicable

Sé que tu me miras a los ojos, es algo único
Sé que yo siempre quiero más

Lo que quiero hacer es salir a bailar un poco
En realidad me gustas para bailar un poco

Sé que tu me miras a los ojos y es algo único
Sé que yo siempre quiero más

Te quiero cerca pa tocarte y pa bailar
Te quiero cerca pa sentirte, pa bailar

Sé que tu me miras a los ojos y es algo único
Sé que yo siempre quiero más

Suposições

A cada dia, uma nova surpresa. Não, não é bem assim. Talvez isso é o que eu gostaria que fosse: dias repletos de boas surpresas, boas novas.

A cada hora, uma novidade. Isso pode ser verdade até a cada minuto. Mas não vem exatamente de nde eu gostaria que fosse. Vem do ladinho, da cadeira vizinha, do espaço logo em frente, mas não daquele ponto específico no universo.

A cada segundo uma nova batida, um novo ritmo da mente e do coração. Mas de que a mudança se o olhar é em vão. Quando ele com o seu se cruza até se dá a impressão da vontade mútua. mas ela desaparece no sopro de vida seguinte, antes mesmo de um novo toque, de um novo sentir, de um segundo pulsar.

Mas ainda assim a vida corre nas veias, pulsa a cada nova tentativa, acelera a cada instante em que mais uma vez se vislumbram novas possibilidades.

A vida continua correndo, latejando e passando. Depressa como não queríamos que fosse, quando tudo o que se quer é tornar um instante eterno, aproveitar cada milímetro do toque, seja eventual ou planejado.

E já não se sabe como proceder. Ir ou voltar, continuar, seguir adiante, ou ficar? Ou sonhar acordado, com os pés bem firmes no chão.

25 novembro 2008

Dúbio...

Dúbio o sentimento... ser ao mesmo tempo menina e mulher, saber o que quer, mas não como agir. Sentimentos conflitantes que às vezes não me deixam pegar no sono.

Se pode ser a menina, recém descobrindo o mundo, percebendo a diferença entre o bem e o mal; ser adolescente nas paixões que parecem arrebatadoras, na dúvida de como mostrar isso, se é que se deve mostrar isso a alguém. Mulher ao saber bem o que quer, principalmente quando tudo o que está em jogo é a razão.

Menina ao saber que ainda há muito o que aprender, sempre, em tudo. Adolescente na suposta falsa rebeldia, de alguém que quer simplesmente chamar a atenção de outro alguém, ocupar o seu lugar no mundo.

Menina que mesmo aceitando, fica triste com um não recebido; adolescente que não compreende, não aceita, não se conforma com a negativa. Adulta o suficiente para não mais ver o não como uma rejeição, mas como uma circunstância.

Pessoa que não tá nem aí para o que os outros vão falar se correr atrás do que quer, bem resolvida o suficiente. Criatura que não consegue ter coragem de assumir uma decisão, um desejo, uma vontade; só de imaginar o que podem pensar, ou pior, falar.

Projeto de gente por demais prematura para ter consciência das vontades que a afligem, inocente demais para ver maldade na percepção ou na postura dos outros.

Sonhadora demais para perceber o que talvez possa, na real, estar acontecendo. Pé no chão demais para deixar as coisas fugirem completamente ao controle e/ou perder o foco.

Sentimentos dúbios, vontades conflitantes, desejos incompatíveis.

Criança o suficiente para sonhar com amores de cinema ou de contos de fadas. Adolescente ainda, para sonhar com a paixão incontrolável, de nos deixar sem chão, sem norte. Crescida o bastante para se conformar de que isso não acontece, e muito menos conosco, talvez com um outro, que nunca vamos conhecer, apenas ouvir falar.

23 novembro 2008

Você também alguma vez já sentiu?

Você alguma vez já sentiu uma vontade louca de escrever, colocar no papel, ou num arquivo .doc, todos os pensamentos que enchem a mente ao mesmo tempo?

É a lembrança de alguém querido, ou a preocupação com quem está longe. É a alegria de uma conquista e a ansiedade por um resultado. É a vontade de ver alguém e o desejo de ser notado. A ânsia por estar com aquela pessoa e a dúvida se isso é correspondido.

É a frustração por uma coisa que não deu certo e a esperança das novas oportunidades que chegam com cada amanhecer. É um ribombar de idéias e sentimentos que se misturam e muitas vezes se confundem, também.

É o sono chegando sem a vontade de dormir. Querer estar só e sentindo um cafuné gostoso, tudo ao mesmo tempo. É não dar descanso pra mente e também querer ouvir o vazio dos próprios pensamentos. É ver um filme passar em frente aos seus olhos fechados e sonhar que está acordado.

É sentir-se simultaneamente apaixonado e buscando um amor para chamar de seu.

Você também já sentiu uma vontade súbita de escrever?

É aquela hora em que não se pára nem pra colocar os óculos, o papel fica pertinho do rosto e a letra, o maior e mais redondinha possível, pra se conseguir distinguir as letras e as linhas, apesar da miopia e do astigmatismo.

É quando a gente não se preocupa com pontos, vírgulas, oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas. Também não estamos nem aí se vai rimar ou não, se vai ficar poético ou será prosa. Não escrevemos versos ou narrativas, nem dissertação ou descrição.

Pouco importa se alguém vai achar bonito, profundo, inteligente. Se é que alguma alma caridosa vai querer ler e compartilhar alguns jorros d'alma.

Tem certeza de que você já sentiu uma vontade incontrolável de escrever?

Se já, você sabe como é sentir as palavras vindo sabe-se lá de onde, ouvi-las passando pelo pensamento e vê-las se materializando, seja numa folha de caderno, na tela de um computador ou no LCD de um celular. Seja em um simples rascunho sem o menor sentido – que vai acabar parando em um blog qualquer -, em uma declaração de amor ou numa mensagem para um amigo.

Então você conhece o prazer de não abreviar palavra nenhuma, sentir o sabor de cada letra desenhada. Então lhe agrada o prazer de virar uma folha, duas, três, quantas forem necessárias (como estou prestes a... como fiz agora pela segunda vez desde o início) para completar o raciocínio nem sempre lógico. E perceber que isso só foi possível depois do sofrimento de encontrar, escolher a primeira frase, a primeira palavra.

Então você sabe como é escrever simplesmente por escrever, sem se preocupar se algum dia esse amontoado de idéias vais ser publicado em algum lugar. Sabe como é pensar que alguém pode ler, algum dia, e se perguntar “será que vão gostar?'.

Essa é a vontade irreparável de escrever.

Se você já sentiu, ou se ainda sente, não tente controlar, quiçá educar para o bem. Basta papel e caneta. Não precisa tecnologia, nem tempo, nem sabedoria, nem mesmo muita dedicação.

Encontre a primeira idéia. Ou melhor, receba com carinho a idéia inicial – e write it down que o resto vem, nem precisa ligar o semi-automático.

Você vai ver que é fácil ceder a essa vontade irresistível de escrever.

Pulando uma palavra, substituindo outra, corrigindo uma letra torta com um rabisco por cima, apertando os olhos para ver melhor na ausência dos óculos, e logo, logo você também vai estar a seis linhas do fim da página de pauta estreita e linhas finas, no formato maior um pouco que o A5, exatamente como eu estava há três linhas.

18 novembro 2008

Processos

Sim, eu acredito que a cada dia temos novos aprendizados, adquirimos novas experiências e, por que não, mudamos um pouquinho.

Também concordo que nada acontece por acaso, nem de repente. Tudo, ou quase tudo, são processos. Uns mais longos que outros. De uns conseguimos perceber o início. De outros, não. Alguns a gente quer que comecem e agimos para isso, tentando sempre mantê-los até um certo "auge".

Outros simplesmente acontecem, não percebemos nem controlamos. Quando nos damos conta, já chegaram num nível do qual é difícil conseguir reverter.

Talvez o se apaixonar - ou deixar de estar apaixonado - seja assim. Vemos aos poucos qualidades de que gostamos em alguém, características que nos atraem. Para uma amizade ou para o sentimento irresistível de querer ficar com essa pessoa.

Da mesma forma, às vezes encontramos em uma pessoa tantas qualidades que nos fazem ficar com medo de machucá-la por um motivo qualquer. E aí passamos a procurar os defeitos. Alguns que realmente nos incomodam, mas que não suplantariam as qualidades se nós não o quiséssemos.

Mas nem sempre percebemos que dois processos assim podem estar acontecendo simultaneamente. Simplesmente não notamos, e deixamos correr solto.

Se é/foi esse processo ou não, não sei. Como eu disse, às vezes só o percebemos depois que já chegou ao final.

17 novembro 2008

Right or wrong, it's done (it should be like this for now)

Foram praticamente dois meses e meio em dúvida, pensando no que fazer, o que decidir. Agora foi. Está feito. Certeza de que deveria ter sido assim? Não a tenho. Mas, como me sugeriu um grande amigo, eu precisava ter claro o que eu queria arriscar.

Arrisquei. E agora? Estamos cada um no seu canto, pro seu lado, com sua própria dor e seu próprio amor.

Duas coisas precisam ficar bem claras. Aliás, três. Uma, que fui sincera em cada momento dos últimos três anos, dois meses e dez dias. Se disse que amava, era porque assim sentia. Se disse que estava em dúvida, foi uma coragem de assumir a incerteza. Se disse que não dava mais, é porque senti que estava nos fazendo mal.

A segunda: fui fiel do início ao fim. Sempre. De corpo, alma e consciência, com certeza. Não importa o que pensem ou digam, quanto a isso, estou tranquila. Fiz o que achava que era o certo, sempre.

Por fim, não fiz isso por nenhum outro alguém que não nós dois. Eu e você, somente. Mas e aque... não vamos misturar as coisas. Tive medo de ser influenciada, sim, confesso. Mas, outra vez digo, fiz o que achei que devia.

Não te enrolei, não te usei e sei que a recíproca é verdadeira. Não espero uma amizade como tínhamos antes logo agora. Dói, eu sei. Pra mim também. E custa um pouco a passar. Mas tenhamos calma, que as coisas se ajeitam e, sempre para o nosso bem, tem um Deus, um Pai lá em cima que nos cuida, nos olha, nos guia, nos protege e ilumina.

Muito te amei e ainda te amo. Só mudou a forma.

15 novembro 2008

Eu sabia que era sonho

Um sonho legal, estranho e com muita gente hoje, naquele finzinho de sono. A começar por mamãe que, sim, estava feliz com Winston, apesar de ele, sabe-se lá o porquê, ter de aplicar nela as injeções de um coquetel anti-retroviral. Também vovó, esta muito bem de saúde, hospedade no meu quarto, só que no da casa do Poço - não me pergunte por que estávamos lá de volta.

Nas últimas cenas, ou melhor, takes, uma grande mesa de almoço, num restaurante bem simples, mas bem arrumadinho.

O Bráulio sentado na bancada do dono do estabelecimento, dizia para a Anahi esperar a gente se servir para só então eles fazerem o mesmo. Ely e Gabi sentava ao meu lado. Felipinho, "para me proteger", não sei de quê ou de quem, estava ao meu lado direito. Na frente, um pouco deslocados para a direita, Carol e Gugu, Dani e Anderson (o casal, não os irmãos).

No restaurante, conosco, também estava a Mari Jungmann que, saindo dali, eu levaria para a praia do Francês, "para você saber por que eu não faço questão de ir para Porto de Galinhas".

O restaurante e a comida estavam em tons de bege. Eu tentei achar a salada, mas não consegui, acabei ficando com a batata e a macaxeira, e mais alguns tubérculo. Em um canto, uma mesa que parecia ter sido posta na noite anterior, para a montagem de crepes de chocolate com banana e morangos.

Também uma outra bancada, cheia de doce caseiro de banana.

Eu estava me dirigindo para a mesa principal, com a comida quente, e ainda na esperança de encontrar ao menos uma folhinha de alface e um tomate, para colorir meu prato e meu sonho. Antes disso, eu acordei.

Pra que serve um amigo?

Recebi de uma amiga querida, a Lu. Vale tudo isso pra ela, claro, e pra mais alguns queridos que eu amo e sabem muito bem disso.

Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona para festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra?

Todas as alternativas estão corretas,
porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar.

Vai além: diz que toda amizade
é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

Verdade verdadeira.


Amigos recentes custam a perceber essa aliança,
não valorizam ainda o que está sendo contraído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um disco.
Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas para festa. Te leva para o mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping.
Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura um confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguém tem.
Se tiver um, amém !

14 novembro 2008

Deu no Globo - carinho é tudo de bom, mesmo!

Se eu acredito 100% ou não, ainda não sei. Mas não há como negar que, realmente, receber carinho é bom demais. Um estudo alemão, noticiado pelo O Globo, digamos, comprovou os efeitos benéficos que receber carinho tem sobre as mulheres, especialmente na redução dos níveis de estresse.

Não é à tôa que mulheres com relacionamentos estáveis e duradouros, diz o estudo, têm uma saúde melhor do que aquelas que estão solteiras. Eu diria que tudo deve ser relativizado, sem tirar o mérito dos estudiosos.

Pra quem quiser conferir a matéria na íntegra, taí o link.

03 novembro 2008

Photographs

Look at this photographs
Every time I do it makes me laugh
How did our eyes get so red
And what the hell is on Joey's head

And this is where I grew up
I think the present owner fixed it up
I never knew we'd ever went without
The second floor is hard for sneaking out

And this is where I went to school
Most of the time had better things to do
Criminal record says I've broke in twice
I must have done it half a dozen times

I wonder if it's too late
Should I go back and try to graduate
Life's better now than it was back then
If I was them I wouldn't let me in

Every memory of looking out the back door
I had the photo album spread out on my bedroom floor
It's hard to say it, time to say it
Goodbye goodbye

Every memory of walking out the front door
I found the photo of the friend that I was looking for
It's hard to say it, time to say it
Goodbye goodbye

Remember the old arcade
Blew every dollar that we ever made
The cops hated us hanging out
They say somebody went and burned it down

We used to listen to the radio
And sing along with every song we'd know
We said someday we'd find out how it feels
To sing to more than just the steering wheel

Kim's the first girl I kissed
I was so nervous that I nearly missed
She's had a couple of kids since then
I haven't seen her since God knows when

Every memory of looking out the back door
I have the photo album spread out on my bedroom floor
It's hard to say it, time to say it
Goodbye goodbye

Every memory of walking out the front door
I found the photo of the friend that I was looking for
It's hard to say it, time to say it
Goodbye goodbye

I miss that town
I miss the faces
You can't erase
You can't replace it
I miss it now
I can't believe it
So hard to stay
Too hard to leave it

If I could relive those days
I know the one thing that would never change

Every memory of looking out the back door
I have the photo album spread out on my bedroom floor
It's hard to say it, time to say it
Goodbye goodbye

Every memory of walking out the front door
I found the photo of the friend that I was looking for
It's hard to say it, time to say it
Goodbye goodbye

Look at this photograph
Every time I do it makes me laugh
Every time I do it makes me

Someday

How the hell did we wind up like this?
Why weren't we able, to see the signs that we missed
And try turn the tables
I wish you'd unclench your fists, and unpack your suitcase
Lately there's been too much of this
But don't think it's too late

Nothing's wrong, just as long as
You know that someday I will

Someday, somehow
I'm gonna make it all right but not right now
I know you're wondering when
(You're the only one who knows that)
Someday, somehow
I'm gonna make it all right but not right now
I know you're wondering when

Well I'd hope that since we're here anyway
That we could end up saying
Things we've always needed to say
So we could end up staying
Now the story's played out like this
Just like a paperback novel
Let's rewrite an ending that fits
Instead of a Hollywood horror

Nothing's wrong, just as long as
You know that someday I will

Someday, somehow
I'm gonna make it all right but not right now
I know you're wondering when
(You're the only one who knows that)
Someday, somehow
I'm gonna make it all right but not right now
I know you're wondering when
(You're the only one who knows that)

How the hell did we wind up like this?
Why weren't we able, to see the signs that we missed
And try turn the tables
Now the story's played out like this
Just like a paperback novel
Let's rewrite an ending that fits
Instead of a Hollywood horror

Nothing's wrong, just as long as
You know that someday I will

Someday, somehow
I'm gonna make it all right but not right now
I know you're wondering when
(You're the only one who knows that)
Someday, somehow
I'm gonna make it all right but not right now
I know you're wondering when
(You're the only one who knows that)

01 novembro 2008

Anxiety

I feel like I wanna smack somebody
Turn around and bitch slap somebody
But I ain't goin' out bro (no, no, no)
I ain't givin' into it (no, no, no)
Anxieties bash my mind in
Terrorizing my soul like Bin Laden
But I ain't fallin' down bro (no, no, no)
I won't lose control bro (no, no, no)
Shackle and chained
My soul feels stained
I can't explain got an ich on my brain
Lately my whole aim is to maintain
And regain control of my mainframe
My bloods boiling its beatin' out propaine
My train of thoughts more like a runaway train
I'm in a fast car drivin' in a fast lane
In the rain and I'm might just hydroplaine

I don't fear none of my enemies
And I don't fear bullets from Uzi's
I've been dealing with something thats worse than these
That'll make you fall to your knees and thats the
The anxiety the sane and the insane rivalry
Paranoias brought me to my knees
Lord please please please
Take away my anxiety
The sane and the insane rivalry
Paranoias brought me to my knees
Lord please please please
Take away my anxiety

My head keeps running away my brother
The only thing making me stay my brother
But I won't give into it bro (no, no, no)
Gotta get myself back now
God, I can't let my mind be
Tell my enemy is my own
Gots to find my inner wealth
Gots to hold up my thoughts
I can't get caught (no, no, no)
I can't give into it now (no, no, no)
Emotions are trapped set on lock
Got my brain stuck goin through the motions
Only I know what's up
I'm filled up with pain
Tryin' to gain my sanity
Everywhere I turn its a dead end infront of me
With nowhere to go gotta shake this anxiety
Got me feelin' strange paranoia took over me
And its weighin' me down
And I can't run any longer, yo
Knees to the ground

I don't fear none of my enemies
And I don't fear bullets from Uzi's
I've been dealing with something thats worse than these
That'll make you fall to your knees and thats the
The anxiety the sane and the insane rivalry
Paranoias brought me to my knees
Lord please please please
Take away my anxiety
The sane and the insane rivalry
Paranoias brought me to my knees
Lord please please please
Take away my anxiety

31 outubro 2008

This is how you remind me

Never made it as a wise man
I couldn't cut it as a poor man stealin'
Tired of livin' like a blind man
I'm sick inside without a sense of feelin
And this is how you remind me

This is how you remind me
Of what I really am
This is how you remind me
Of what I really am
It's not like you to say sorry
I was waiting on a different story
This time I'm mistaken
For handing you a heart worth breakin'
I've been wrong, I've been down
To the bottom of every bottle
Despite words in my head
Scream "Are we having fun yet?"
Yet?, Yet?, Yet?, no no

It's not like you didn't know that
I said I love you and I swear I still do
It must have been so bad
Cause living with me must have damn near killed you

This is how you remind me
Of what I really am
This is how you remind me
Of what I really am
It's not like you to say sorry
I was waiting on a different story
This time I'm mistaken
For handing you a heart worth breakin'
I've been wrong, I've been down
To the bottom of every bottle
Despite words in my head
Scream "Are we having fun yet?"
Yet?, Yet?, Yet?, no no

30 outubro 2008

A 1ª vez a gente nunca esquece

Dizem que, em muitas experiências da nossa vida, a primeira vez a gente nunca esquece. Posso dizer: sem dúvida.

Pela primeira vez na sua história, seja como EBN, como Radiobrás ou, agora, como EBC, a empresa que comanda a Rádio Nacional, a TV Brasil e a Agência Brasil, parou, entrou em greve.

Pela primeira vez na minha vida, depois de cobrir várias paralizações, eu entrei em greve, no meu primeiro emprego, durante o primeiro ano de formada. Ufa, bastante coisa. Mas o mais importante é deixar bem claro o porquê desse movimento.

1. Um plano de cargos e carreiras que querem empurrar goela abaixo, cheio de distorções, que cria duas classes de jornalistas na empresa, os concursados incompetentes, que merecem salário abaixo da média de mercado, e os competentes amigos dos chefes, contratados sem concurso com salários até um pouco acima da média em outros veículos;
2. A intransigência da direção da empresa na negociação do acordo coletivo, com corte de abono social e salarial e proposta de reajuste zero, nem para compensar as perdas com a inflação.

Isso sintetiza um pouco o que reclamamos. Com uma pesquisada básica em noticiários como o do Globo Online, do Comunique-se, no Blog do Noblat e outros, é possível saber um pouco mais do que aconteceu ontem e hoje na EBC.

24 outubro 2008

Friday I'm in love

Sugestão do (ex)chefe, num dia em que a cabeça pensa pouco, o coração não responde bem, e não consigo me decidir por uma das que eu já conhecia. Mas gostei. Curtam aí também.

I don't care if monday's blue
Tuesday's grey and wednesday too
Thursday i don't care about you
It's friday i'm in love

Monday you can fall apart
Tuesday wednesday break my heart
Thursday doesn't even start
It's friday i'm in love

Saturday wait
And sunday always comes too late
But friday never hesitate...

I don't care if monday's black
Tuesday wednesday heart attack
Thursday never looking back
It's friday i'm in love

Monday you can hold your head
Tuesday wednesday stay in bed
Or thursday watch the walls instead
It's friday i'm in love

Saturday wait
And sunday always comes too late
But friday never hesitate...

Dressed up to the eyes
It's a wonderful surprise
To see your shoes and your spirits rise
Throwing out your frown
And just smiling at the sound
And as sleek as a shriek
Spinning round and round
Always take a big bite
It's such a gorgeous sight
To see you eat in the middle of the night
You can never get enough
Enough of this stuff
It's friday
I'm in love


22 outubro 2008

Xote das meninas

Homenagem ao Gonzagão!

Mandacaru
Quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega
No sertão
Toda menina que enjôa
Da boneca
É siná que o amor
Já chegou no coração...

Meia comprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir de mão...

Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...

De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao dotô
A filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada...

Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...

Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
Que prá tal menina
Não tem um só remédio
Em toda medicina...

Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...

No player, duas músicas, pra curtir um forró bonzin...

21 outubro 2008

Certo ou errado

Essa é culpa do Morillo...

Certo ou errado,
certo ou errado
Quem não pula o muro
Não aprende a se arriscar
Não tá com nada, uou, uou
Não tá com nada

Certo ou errado,
certo ou errado
Quem não cai da escada
Não aprende a levantar
Não tá com nada, uou, uou
Não tá com nada

Você já sabe tudo
Princípio, meio e fim
e vive a me dizer
o que é bom ou mau pra mim

Ô,ô,mas o que serve pra você
Nem sempre vai me convencer

Eu tenho a vida inteira
e muito que aprender
mas todos os meus problemas
você teima em resolver

Ô,ô,só eu que posso escolher
A vida que eu vou viver

Certo ou errado,
certo ou errado
Quem não sai na chuva
Não aprende a se molhar
Não tá com nada, uou, uou
Não tá com nada

Eu sei que é prova de amor
Você não quer que eu
jogue pra perder
Deixar a vida me ensinar
Eu vou provar
pra saber escolher

Certo ou errado,
certo ou errado
Quem sai na chuva
Não aprende a se molhar
Não tá com nada, uou, uou
Não tá com nada

20 outubro 2008

Because You Loved Me

For all those times you stood by me
For all the truth that you made me see
For all the joy you brought to my life
For all the wrong that you made right
For every dream you made come true
For all the love I found in you
I'll be forever thankful baby
You're the one who held me up
Never let me fall
You're the one who saw me through through it all

You were my strength when I was weak
You were my voice when I couldn't speak
You were my eyes when I couldn't see
You saw the best there was in me
Lifted me up when I couldn't reach
You gave me faith 'coz you believed
I'm everything I am
Because you loved me

You gave me wings and made me fly
You touched my hand I could touch the sky
I lost my faith, you gave it back to me
You said no star was out of reach
You stood by me and I stood tall
I had your love I had it all
I'm grateful for each day you gave me
Maybe I don't know that much
But I know this much is true
I was blessed because I was loved by you

You were my strength when I was weak
You were my voice when I couldn't speak
You were my eyes when I couldn't see
You saw the best there was in me
Lifted me up when I couldn't reach
You gave me faith 'coz you believed
I'm everything I am
Because you loved me

You were always there for me
The tender wind that carried me
A light in the dark shining your love into my life
You've been my inspiration
Through the lies you were the truth
My world is a better place because of you

You were my strength when I was weak
You were my voice when I couldn't speak
You were my eyes when I couldn't see
You saw the best there was in me
Lifted me up when I couldn't reach
You gave me faith 'coz you believed
I'm everything I am
Because you loved me

You were my strength when I was weak
You were my voice when I couldn't speak
You were my eyes when I couldn't see
You saw the best there was in me
Lifted me up when I couldn't reach
You gave me faith 'coz you believed
I'm everything I am
Because you loved me

I'm everything I am
Because you loved me


De novo?!

Diz-se que a mídia - não necessariamente ou somente a parte jornalística dela - fala daquilo que o povo quer ouvir (ou ver, ler...). Tenho minhas ressalvas. Reforçadas ainda mais quando somos bombardeados pelo caso da jovem Eloá, sequestrada e morta pelo ex-namorado, sete anos mais velho, em Santo André (SP). Eu nao agüento mais ver isso, por exemplo. As pessoas mais próximas de mim, também não. Alguém sabe como está a Bolsa de Valores? E o dólar?

Não tem como não questionar a validade de uma cobertura tão extensa de um caso que não é único, mas tão somente um do qual se falou, como muitos outros que com certeza acontecem Brasil afora, sem serem sequer notados. É mais um na linha Isabela - aquela que foi (pelo o que se acredita até agora) jogada pela janela do apartamento pelo próprio pai, depois de ser agredida pela madrasta.

Não venham me dizer que a crueldade dos dois casos - capazes de levantar inúmeras discussões seja acerca do trabalho da polícia em situações de sequestro, seja do comportamento dos jovens na sociedade contemporânea, seja sobre o que for - é motivo bastante para justificar uma edição de um Jornal Hoje, para citar só um exemplo, praticamente inteiro - isso mesmo, inteiro (hoje assisti ao programa todo) - sobre o caso da Eloá.

Além disso, somente outras duas mortes. A de uma menina de 16 anos que, suspeita-se, foi morta pelo ex-namorado de 22 anos (macabra coincidência), e a do dono de uma das maiores redes de supermercado do Rio de Janeiro.

Isso depois de um Fantástico recheado de Eloá, seguido por um Mais Você montado com o mesmo conteúdo "jornalístico".

Na época da Isabela Nardoni, me perguntei por que não noticiaram da mesma forma o seqüestro e a morte - igualmente brutais - da Isabela Tainara, aqui de Brasília. Depois do caso Eloá, me lembro também de um caso lá em Maceió, acontecido há anos e que também não virou notícia em cadeia nacional.

Foi o caso do marido da diretora da escola em que eu estudei, o Paulinho. Ele era professor, lecionava na rede municipal de uma cidade do interior das Alagoas, não me recordo agora o nome. Certo dia ele foi achado morto, dentro do seu carro, em uma estrada sem asfalto. Salvo engano, estava amarrado. Mas o que chocou foi o fato de ter sido queimado vivo.

Isso porque "ameaçava" o prefeito porque sabia e denunciava atividades corruptas na administração da merenda escolar. Um crime tão cruel quanto os dois que tomaram a mídia este ano, mas que não chegou a passar os limites da Gazeta de Alagoas, no máximo, TV Pajuçara, na época, afiliada do SBT.

Será que esses crimes chocam mais hoje? Ou é porque envolvem crianças? Talvez seja - é a visão que me parece mais plausível - porque a mídia está mais ávida por audiência, e tragédia sempre dá audiência. Povo masoquista, que gosta de ver a dor dos outros.

Acho que é a hora de olharmos para as tragédias do dia-a-dia. Quem sabe esteja na hora de prestarmos mais atenção nas nossas ruas, cheias de crianças abandonadas, que (só Deus sabe) talvez até sonhem com o dia em que serão levadas desta vida, para parar de sofrer. Isso, sim, é tragédia.

19 outubro 2008

Olás

Já faz mais de 15 dias que voltei do Haiti, mas ainda não publiquei nada aqui no blog. Não por falta de vontade. Mais por enrolação mesmo, acabo não tendo tempo. Por enquanto penso mais no projeto especial sobre o Haiti, na ABr, junto com o pessoal do multimídia - e o Roosewelt, grande fotógrafo que foi junto nessa viagem, claro.

Bom, como não publiquei nada ainda aqui (ou não tinha publicado), fica aqui a expectativa pelo especial multimídia.

Vale destacar: é uma experiência para a vida toda, não sai da memória o que vimos naquele país, devastado primeiro por guerra civil, junto com decisões políticas e econômicas equivocadas, depois (sempre, na verdade), por furacões, já que ele está bem na rota natural dessas tempestades.

Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil

Mais detalhes, em breve, na Agência Brasil. Por enquanto, continuo postando as letras de músicas das quais gosto e que não saem da minha cabeça, como Suddenly I See, ou que marcaram de alguma forma momento da minha vida, como Accidentally in Love.

Accidentally In Love

Mais uma para a minha série de letras legais que não me saem da cabeça.

So she said what's the problem baby
What's the problem I don't know
Well maybe I'm in love (love)
Think about it every time
I think about it
Can't stop thinking 'bout it

How much longer will it take to cure this
Just to cure it cause I can't ignore it if it's love (love)
Makes me wanna turn around and face me but I don't know nothing 'bout love

Come on, come on
Turn a little faster
Come on, come on
The world will follow after
Come on, come on
Cause everybody's after love

So I said I'm a snowball running
Running down into the spring that's coming all this love
Melting under blue skies
Belting out sunlight
Shimmering love

Well baby I surrender
To the strawberry ice cream
Never ever end of all this love
Well I didn't mean to do it
But there's no escaping your love

These lines of lightning
Mean we're never alone,
Never alone, no, no

Come on, Come on
Move a little closer
Come on, Come on
I want to hear you whisper
Come on, Come on
Settle down inside my love

Come on, come on
Jump a little higher
Come on, come on
If you feel a little lighter
Come on, come on
We were once
Upon a time in love

We're accidentally in love
Accidentally in love [x7]

Accidentally

I'm In Love, I'm in Love,
I'm in Love, I'm in Love,
I'm in Love, I'm in Love,
Accidentally [x2]

Come on, come on
Spin a little tighter
Come on, come on
And the world's a little brighter
Come on, come on
Just get yourself inside her

Love ...I'm in love


18 outubro 2008

"Suddenly I See"

Her face is a map of the world
Is a map of the world
You can see she's a beautiful girl
She's a beautiful girl
And everything around her is a silver pool of light
The people who surround her feel the benefit of it
It makes you calm
She holds you captivated in her palm

Suddenly I see (Suddenly I see)
This is what I wanna be
Suddenly I see (Suddenly I see)
Why the hell it means so much to me

I feel like walking the world
Like walking the world
You can hear she's a beautiful girl
She's a beautiful girl
She fills up every corner like she's born in black and white
Makes you feel warmer when you're trying to remember
What you heard
She likes to leave you hanging on her word

Suddenly I see (Suddenly I see)
This is what I wanna be
Suddenly I see (Suddenly I see)
Why the hell it means so much to me

And she's taller than most
And she's looking at me
I can see her eyes looking from a page in a magazine
Oh she makes me feel like I could be a tower
A big strong tower
She got the power to be
The power to give
The power to see

Suddenly I see (Suddenly I see)
This is what I wanna be
Suddenly I see (Suddenly I see)
Why the hell it means so much to me


11 agosto 2008

Projetos, caminhos e afins

Em geral, quando optamos por participar de um projeto, é porque acreditamos nele. Confiamos na forma como está sendo conduzido, ainda que reconheçamos e aceitemos o fato de que ainda há falhas. Quiçá, muitas falhas.

No entanto, apesar de todos os defeitos, percebemos que o caminho, a linha-mestra, está, na essência, no rumo certo. E há pessoas, em todos os níveis da administração dessa idéia, trabalhando para acertar mais.

Só que às vezes, é preciso mudar algumas peças no time. Os novos atores, em geral, vêm para acrescentar novas conquistas, azeitar algumas juntas que estavam rangendo e corrigir alguns defeitos decorrentes do mau uso da engrenagem.

O problema é quando a linha-mestra, que estava no sentido certo, vai aos poucos sendo relativizada e desviada. Ou ao menos corre o risco de o ser.

Aos que ficaram, a primeira opção é tentar recolocar o trem na linha, ainda que sejam necessários certos desgastes no aparar das arestas. Mas pode chegar uma hora em que já não dá mais.

E aí, como saber se esse momento chegou? Para os mais experientes pode ser fácil. Pode ser simples, inclusive, achar que é melhor não fazer nada, simplesmente esperar a "hora certa" passar. Sugiro, e peço para mim mesma, paciência.

"Deus me dê paciência para aceitar aquilo que não posso mudar; coragem para mudar o que posso; e sabedoria para enxergar a diferença", eu li em algum lugar. O pedido continua no ar. A resposta com certeza vem.

08 agosto 2008

Patriotismo universal

A cada quatro anos todos os povos do mundo (ou quase todos - esse tipo de generalização pode sempre ser por demais perigosa) se voltam para um ponto do globo. Este ano é a China. Pequim, para ser mais específica (apesar de algumas modalidades serem disputadas em outras cidades que não a capital chinesa).

Um belo ideal aquele que gira em torno dos Jogos Olímpicos: a confraternização dos povos que, além de buscar a harmonia entre diversos compatriotas com nacionalidades diferentes, ajuda a ativar o patriotismo no coração de cada um. Afinal de contas, sempre acreditamos que os nossos atletas podem, sim, ser os melhores; que a nossa bandeira e o nosso hino são os mais bonitos.

A idéia da fraternidade universal é bela, de fato, mas o que eu acredito que se acende não só nas Olimpíadas, mas também na Copa do Mundo de Futebol, e que mereceria se prolongar para os anos entre esses dois eventos esportivos mundiais é o patriotismo, o verdadeiro amor ao país onde nascemos, crescemos e, se não desistirmos dele, morreremos também.

Sim, tenho que confessar que, por mais que me sinta triste com todos os problemas pelos quais passamos, decepcionada com a falta de espírito público da maior parte - para não incorrer no erro da generalização - de nossos políticos, gestores e quiçá da população "normal", sou uma patriota inveterada.

Um sentimento perene de que os nossos atletas, os nossos cidadãos podem sim ser os melhores, de que o país pode dar certo, de que nossos compatriotas são nossos irmãos; a certeza de que o nosso hino e a nossa bandeira são mesmo os mais bonitos, harmônicos, significativos; tudo isso junto, eu ainda acredito, poderia ajudar a fazer um Brasil melhor.

É, eu ainda me emociono sempre que vejo o pavilhão verde, amarelo, azul e branco sendo hasteado ao som do "Ouviram do Ipiranda as margens plácidas, de um povo heróico o brado retumbante...". Algumas vezes, inclusive, uma ou duas lágrimas teimosas insistem e escorrer pelo rosto desta cidadã.

Penso, até, que algumas aulas de moral e cívica não fariam mal para os jovens que não se importam com o futuro do país e pensam que só podem se dar bem na vida - com trabalho digno e correto - fora do país. Também seriam interessantes para aqueles políticos que talvez até já as tenham tido, mas esqueceram o que significa ter uma pátria há muito tempo e só pensam na nação chamada "meu umbigo".

Sinceramente, não tenho a intenção de buscar nobres sentimentos em cada um, pois talvez nem eu os tenha todos. Mas acho que um pouco mais de amor à terra onde vivemos só faria bem.

Me perdoem os que acham que temos que ser sempre cidadãos do mundo, mas ver o mundo mobilizado em torno de eventos em que cada um, a priori, defende a honra do seu próprio país me faz ficar assim, esperançosa por um Brasil mais solidário consigo mesmo.

Sobre o acompanhamento dos Jogos, como o feito em Atenas 2004, não posso prometer nada. Não mais estou na UnB e nem a Agência Brasil, nem o Obcursos estão em greve. O que indico é o especial da ABr: China 2008.

*As fotos são da Agência Brasil.

04 agosto 2008

Para combater milícias, primeiro a sociedade tem que deixar de ser hipócrita, diz secretário

A matéria não é de hoje, mas vale a pena sempre ser reproduzida. É minha, publicada na Agência Brasil na quarta-feira passada, dia 30.

Em entrevista com o secretário Nacional de Segurança Pública, confesso que virei fã do cara. Pelo menos em princípio. Há tempos não ouvia alguém do governo ser tão incisivo contra a hipocrisia da sociedade, que vê de um jeitinho bem fácil os problemas dos outros, mas não consegue perceber a sua culpa nesses problemas.

Sem mais comentários, prefiro deixar o secretário falar...


A primeira coisa que tem que ser feita no combate às milícias, como as existentes no Rio de Janeiro, é acabar com a hipocrisia das classes mais altas da sociedade brasileira, que condenam a violência somente quando se sentem ameaçadas por ela, disse hoje (30) o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri. Segundo ele, muitos segmerntos sociais apóiam o surgimento dessas organizações, ao criminalizar a pobreza.

“Temos que ser muito francos e contradizer toda hipocrisia social, que neste momento condena as milícias, mas se voltarmos um pouco atrás, veremos que no surgimento elas [milícias] foram aplaudidas. Os justiceiros que vinham para resolver problemas de segurança pública também foram aplaudidas, da mesma forma como todos os grupos de extermínio inicialmente são aplaudidos pelas classes formadoras de opinião”, afirmou ele, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Um exemplo que ele trouxe em relação ao comportamento das classes formadoras de opinião no Brasil foi o da morte do garoto de três anos dentro de um carro, no Rio de Janeiro, no início deste mês. “Se, em vez daquela criança, tivéssemos três jovens - homens, pobres, negros, honestos e trabalhadores - provavelmente eles seriam uma estatística a mais e a sociedade inteira aplaudiria dizendo 'menos três bandidos mortos'”.

Balestreri destacou que é moralmente corrompido um grupo que surge se dizendo justiceiro, com o objetivo de exterminar criminosos. De acordo com o secretário, se criminosos decidem sobre a vida e a morte das pessoas de uma comunidade, é natural que eles se achem no direito de tirar dinheiro dessas pessoas.

“Quem é encarregado de tratar o fenômeno da segurança pública são as instituições de Segurança Pública. Quem quer que se apresente para fazer isso em nome da população é bandido, com certeza. Não há nenhuma diferença entre os narcotraficantes e as milícias e esse é o primeiro grande passo: perceber que não há diferença”, disse.

Além de educar a população para não reagir de forma emocional aos problemas de segurança - “para [as pessoas] serem mais racionais na análise que fazem” -, o secretário acrescentou a necessidade de educar também a polícia para que saiba combater esses grupos ainda no seu surgimento.

24 julho 2008

Retomando o final de semana

A partir deste post para os dois abaixo, uma breve retrospectiva dos momentos (ou melhor, horas) passados dentro de um busão da Andorinha, indo e voltando de Vilhena (RO), para o VI Congresso Regional.

Viagem longa, porém tranquila. Bom tempo para pensar bastante, ler um outro tanto, estudar Regimento Interno do Senado Federal e, claro, dormir.

Para registro: o congresso foi ótimo! Sob o tema "Quero servir ao Senhor", praticamente 450 jovens luteranos reunidos em Vilhena, durante dois dias e meio - de sexta à noite a domingo. Aliás, o almoço de domingo foi uma coisa boa demais. Costelão assado em fogo de chão... huuummmmm...

Não posso deixar de comentar o banho de rio - duas vezes, no sábado e no domingo, e o meu nariz entupido, não só por causa do rio praticamente à noite, claro...

Bom, logo ali é possível ler dois textos, postados em ordem cronológica, bem menos fúteis do que comida, mas não tão profundos quanto discutir o que é servir ao Senhor.

21/07, 19h45 (hora de Brasília), já no ônibus, saindo de Cuiabá (MT)

Já são mais de 14 horas de viagem. Mais ou menos metade do caminho. O banho de rio de ontem fez bem ao humor e ao espírito, mas o corpo, esse eu acho que não gostou muito. Nariz, garganta e têmporas não estão muito confortáveis desde a primeira vez que acordei depois que saí de Vilhena.


Primeiro banho de rio, sem nariz entupido

Aliás, a cidade já me dá saudade. Clima bom, pessoas ótimas, congresso idem. Cerca de 450 jovens reunidos em uma escola – quer dizer, duas – com o único propósito de louvar a Deus. Louvar a servir, como dizia o lema, baseado no livro de Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

Duas irmãs, amigas (e amigos também), reunidas em um grupo de louvor, o Melodia. Muito trabalho, desde a sexta-feira. E uma overdose – sempre muito saudável – de carinho explícito. Semana muito boa.


Segundo banho, esse sim pode ter me deixado baqueada

Saudades à parte, voltemos à volta para casa. Não sei porque paramos novamente na rodoviária. Ainda bem que ninguém reivindicou a poltrona ao meu lado – mais uma vez a 18. minha mochila e minhas pernas agradecem. A noite, espero, será tranquila, no balanço do busão, sem a sanfona e com o apoio do braço da poltrona.

Ah! Antes de terminar... sim, descobri qual era o clima que rodeava o ônibus naquele belo pôr-do-sol matogrossense (mais belo que o de hoje). Clima seco, ao mesmo tempo frio e quente, como em casa. Bem propício para um banho de rio.

17/01, 19h20 (hora de Brasília), perto de Pontes e Lacerda (MT)

"Soco, soco, bate, bate, soco, soco, vira, vira..." cantavam duas meninas nos bancos à frente. "A de amor, B de baixinho, C de coração..." canta uma mãe com seu filho no banco de trás. Do lado de fora do ônibus, um céu que lembra o de casa, mas no lugar do concreto, é a vegetação que desenha o horizonte. Não sei se cerrado nativo ou Amazônia desmatada, bastante comum no Mato Grosso e em Rondônia.


Pôr-do-sol da minha janela

O sol já se foi, muito belo ao se pôr. As estrelas apenas começam a despontar no céu azul profundo. Nessas já 25 horas - na verdade, quase 26 - de viagem desde Brasília, diversas pessoas passaram por esse lar temporário, que circunda a poltrona 18. A bem da verdade, neste momento também ocupo a cadeira 17, numa tentativa de achar uma posição mais confortável para dormir.

Gostaria de saber a temperatura lá fora. Aqui dentro, o ar condicionado me faz vestir casaco. Na próxima parada eu descubro. Quero saber também a quanto tempo estou de Vilhena. A princípio, mais umas quatro horas.

O ônibus é momentaneamente tomado pelo cheiro da fumaça, vinda do fogo à beira da estrada. Fora disso - e das lâmpadas dentro do ônibus - tudo é um lindo breu, que caiu enquanto escrevo. Por enquanto acompanho a busca dos companheiros da fileira de trás pela lua e seus soldados, as estrelas. Para facilitar, apago minas luzes também.

08 julho 2008

Insônia(?)

Nunca fui dada a noites sem produtividade, sem sono, com vontade de dormir e também de ficar acordada, mas sabendo que deveria dormir, para no dia seguinte poder acordar.

Nunca fui, até este 2008 sem razão... essas noites de julho insones (?)...

Vou tentar dormir... acho que por isso não consigo viver tão bem assim.

07 julho 2008

Passa lá pra ler...

Sim, mas uma vez eu prometo: voltarei a escrever por aqui, um dia. Por enquanto, ao passo em que as idéias pululam na minha cabeça em momentos nos quais estou longe do computador ou estou mas não tenho tempo, acho momentos para escrever no Drops Culturais, em conjunto com o Morillo e a Camila.

Posts lá mais curtos e factuais, não tão reflexivos quanto aqui. Bom para quem gosta de programas culturais.

21 março 2008

Viva os casamentos felizes!

Saiu notícia na Agência Lusa. Os casamentos felizes fazem bem para a saúde, especialmente para diminuir a pressão arterial. É o que indica um estudo publicado ontem (21) na revista americana Annals of Behavioral Medicine. Já ter um casamento infeliz seria pior do que estar solteiro.

A pesquisa foi conduzida por uma professora da Universidade de Bringham Young, nos Estados Unidos. De acordo com os resultados encontrados, “bem” casados – sejam homens ou mulheres – têm cerca de quatro pontos a menos na pressão arterial, se comparados aos solteiros, mesmo que estes tenham o importante apoio de familiares e amigos.

À noite a pressão também cai mais nos casais felizes, em seguida vêm os solteiros e, por último, os casais infelizes, com a pressão arterial mais alta no período noturno. Segundo os médicos, as pessoas cuja pressão arterial permanece alta durante a noite têm mais probabilidades de sofrer acidentes cardiovasculares.

Então... viva o casamento feliz!

20 março 2008

Um dia...

Recebi como sendo do Fernando Pessoa, sim o mesmo poeta que é tão bom fingidor, "que finge ser dor a dor que deveras sente". Confesso que não sei se realmente é dele. Mas gostei, por isso publico aqui, para ler e pensar.

Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contato se tornar cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: 'Quem são aquelas pessoas?'

Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto! 'Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!'

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.

Então, faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

28 janeiro 2008

Cansei

Já tem uns dias que eu quero te dizer isso. Cansei. Desisti. Não quero mais brincar.

Cansei de te procurar e não ter retorno. Desisti de tentar manter mais contato. Não quero mais brincar de gato e rato, sabendo que você com certeza vai fazer o papel de rato, e não de homem, que é.

Cansei de ser a única que manda e-mails. Desisti de esperar você me dizer quando vem ou não. Não quero mais ficar esperando você me dizer se eu preciso esperar por você.

Porque você sabe que, se precisasse, eu esperaria. Se eu pudesse, contigo eu contaria. Se você viesse, eu te esperaria. Se você me respondesse, ou, numa hipótese remota, escrevesse primeiro, eu te daria retorno.

Mas chega. Não quero conviver com fastasmas que eu só sei o nome. Não quero mais ter que descobrir que você me deixou na mão e nem pra avisar que tava na pior - se é que tá mesmo na pior, talvez tenha mesmo é esquecido.

Esquecido... de uma pessoa que você diz ser tão importante. Que se te decepciona por não dar um telefone, liga alguém perguntando o porquê. Mas de que adianta? Você, mais uma vez, é incapaz de responder a um e-mail...

É por isso que eu digo: cansei, desisti, não quero mais brincar...

23 janeiro 2008

Sob lente de aumento

Às vezes a gente se pega em cada situação engraçada...

Por mais que alguém queira se mostrar 'cabeça feita' ou coisas do gênero, sempre vai acabar se rendendo a algo totalmente inútil, fútil, que não acrescenta absolutamente nada na vida. Exemplo? Novela, desenho animado, reality show... Sim, BBB também é capaz de viciar. E como.

Saber da vida dos outros é um vício que, acredito, quase todo ser humano tem. Quase todo porque em algumas coisas é difícil generalizar, e esse é um caso. Mas, por outro lado, sempre dá para tirar alguma lição, por menor que seja. Sem querer parecer "Poliana", mas tudo tem um lado positivo, com tudo podemos aprender.

No caso do BBB, por exemplo, estamos vendo vidas sob uma lente de aumento. São, na verdade, coisas absolutamente comuns, só que mostrada 24 horas por dia para todo o Brasil.

Vai dizer que você nunca brigou, ou pelo menos viu alguém brigar com o namorado porque ele te acha espevitada demais? Ou porque ele quer corrigir o teu português, ou sente ciúmes do jeito que você dança...

Vai dizer que você nunca fez tipo para verificar se o carinha realmente tá a fim? Ou então se fez de durona, sem querer dar o braço a torcer, mesmo sabendo que ele está certo? (Tudo isso se aplica com os gêneros trocados, ok?)

A única diferença entre a vida deles lá, confinados, é que tudo é multiplicado, tanto para eles quanto para nós. Afinal, também vivemos dentro de uma redoma cheia de câmeras nos observando. Só que o raio da redoma é maior, o universo de convivência é mais amplo, e as câmeras são os olhos das pessoas com quem convivemos diariamente, nos observam, formam opinião sobre nós, escolhem ser ou não nossas amigas.

Por um lado, ainda bem que não temos essa lente de aumento. Eles que se virem com ela. Afinal de contas, apesar das semelhanças, aqui fora é muito mais fácil dar o braço a torcer, voltar atrás em uma palavra torta, demonstrar seus verdadeiros sentimentos. Pois não estamos jogando por nenhum dinheiro, nem fama. Estamos vivendo nossa vida, que, sim, pode ser um jogo, mas só se a gente encarar assim.