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23 janeiro 2008

Sob lente de aumento

Às vezes a gente se pega em cada situação engraçada...

Por mais que alguém queira se mostrar 'cabeça feita' ou coisas do gênero, sempre vai acabar se rendendo a algo totalmente inútil, fútil, que não acrescenta absolutamente nada na vida. Exemplo? Novela, desenho animado, reality show... Sim, BBB também é capaz de viciar. E como.

Saber da vida dos outros é um vício que, acredito, quase todo ser humano tem. Quase todo porque em algumas coisas é difícil generalizar, e esse é um caso. Mas, por outro lado, sempre dá para tirar alguma lição, por menor que seja. Sem querer parecer "Poliana", mas tudo tem um lado positivo, com tudo podemos aprender.

No caso do BBB, por exemplo, estamos vendo vidas sob uma lente de aumento. São, na verdade, coisas absolutamente comuns, só que mostrada 24 horas por dia para todo o Brasil.

Vai dizer que você nunca brigou, ou pelo menos viu alguém brigar com o namorado porque ele te acha espevitada demais? Ou porque ele quer corrigir o teu português, ou sente ciúmes do jeito que você dança...

Vai dizer que você nunca fez tipo para verificar se o carinha realmente tá a fim? Ou então se fez de durona, sem querer dar o braço a torcer, mesmo sabendo que ele está certo? (Tudo isso se aplica com os gêneros trocados, ok?)

A única diferença entre a vida deles lá, confinados, é que tudo é multiplicado, tanto para eles quanto para nós. Afinal, também vivemos dentro de uma redoma cheia de câmeras nos observando. Só que o raio da redoma é maior, o universo de convivência é mais amplo, e as câmeras são os olhos das pessoas com quem convivemos diariamente, nos observam, formam opinião sobre nós, escolhem ser ou não nossas amigas.

Por um lado, ainda bem que não temos essa lente de aumento. Eles que se virem com ela. Afinal de contas, apesar das semelhanças, aqui fora é muito mais fácil dar o braço a torcer, voltar atrás em uma palavra torta, demonstrar seus verdadeiros sentimentos. Pois não estamos jogando por nenhum dinheiro, nem fama. Estamos vivendo nossa vida, que, sim, pode ser um jogo, mas só se a gente encarar assim.

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