Páginas

31 agosto 2007

Eles querem ser artistas

O assunto não muda nem tão cedo. Aliás, talvez o principal mude, mas ele, aquele, de sempre, continua lá. Às vezes mais acuado. Em outras, com a corda toda. E, enquanto o mensalão for notícia, lá estão eles, se debatendo entre as graças e a indignação do público. Eles, políticos, acusados de mil e um crimes, se dizendo inocentes de todos.

Aliás, nem todos são assim. Que o diga o ex-deputado Jefferson. Quem o ouviru no rádio no início da semana viu que ele admitiu - com todas as letras - que praticou corrupção eleitoral. E, pelo jeito, sobre isso ninguém se dignou a fazer absolutamente.

Mas isso foi só um parêntese. O fato é, que eles, acusados que agora são réus, aparecem cada vez mais. Viraram famosos. Assim, até eu. Se bem que eu ainda acho que ser famoso não é exatamente o que a gente pode chamar de um bom negócio. Mas ah... que eles estão se aproveitando disso, ah, estão!

Dizem que o Tico Santa Cruz - há rumores, digamos assim - também resolveu protestar para fazer sua fama crescer um pouquinho mais. Se é verdade, não sei. Mas tenho certeza de que ele não admitiria isso, não mesmo.

Mas, também, que artista não quer se promover? Se eles não se promovem, não são artistas...

Opa! Se quem se promove é artista, então pronto, os corruptos - ou supostamente corruptos, pois devemos nos capitanear pela presunção da inocência - se promovem, eles são artistas.

Corrupto que é corrupto de fato gosta de se promover. Feito! Eles querem ser artista. Mas assim... até eu!

30 agosto 2007

Errata

No post Mais uma vez, Bebel, a palavra cafajeste estava grafada errada - estava cafageste. Confusão desta que vos escreve. Agora já está corrigido.

Sobre laranjas e poeira

Laranjas, poeira. Poeira, laranjas. Em princípio, nada a ver com nada. A depender da situação, tudo a ver com tudo. Tudo é relativo e depende do ponto de vista.

Laranjas são, a rigor, frutos das laranjeiras, com um suco muito gostoso, diga-se de passagem. Laranjas também podem ser pessoas que assinam, por exemplo, a compra de um veículo de comunicação no lugar de um parlamentar corrupto - ele mesmo não pode assumir tal aquisição.

Juntamos as duas possibilidades e temos as laranjas que têm a ver com a poeira. Calma, explico.

Se temos laranjas na política, os frutos podem, simbolicamente, fazer parte de um protesto contra - por que não - o presidente do Senado, acusado de usar laranjas - as pessoas - para comprar uma rádio e se não me engano também um jornal.

É aí que elas se juntam à poeira: no tempo seco de Brasília (ai meu nariz que não pára de sangrar...), no gramado do Congresso Nacional, logo depois de colocarem terra vermelha, novinha, sequinha, para quando vier a chuva.

Foi exatamente isso o que aconteceu hoje. Um manifestante solitário queria desenhar uma bandeira nacional com laranjas no gramado. Mas não tinha autorização - sim, precisamos de autorização para protestar. Por isso, ele, já não mais solitário, mas na companhia de jornalistas e policiais.

Os jornalistas foram lá para saber o que estava acontecendo. O de sempre o que? onde? quando? como? por que? quem? do lead jornalístico - lead, chato lead, mas também lead, santo lead.

Os policiais apareceram no exato momento em que o cidadão indignado resolveu abrir uma faixa com "Senado covarde!". Mandaram tirar a faixa, impediram que ela fosse colocada novamente. Não deixavam sequer ele atravessar o lado da rua.

E nesse pode-não-pode, ficamos todos lá, esperando para ver as laranjas e comendo a poeira do gramado.

Passada uma hora, depois que um santo deputado (uau! agora deputados podem ser santos! duvido, hein...), mas enfim... depois que um deputado conhecido do cidadão resolveu vir comprar a briga. Ele tem o direito sim! Mas doutor... ele não tem autorização. Mas eu sempre fiz manifestação sem precisar de autorização escrita. É porque o senhor é parlamentar... quando tem parlamentar, não precisa. Então, se com parlmentar pode, eu fico com ele, agora ele também pode.

Tá ebm, a faixa pode, mas o caminhão com as laranjas não pode descer. Aiaiaiaiaiaiai... enfim, vamos encurtar isso, que lá já estava a Globo, a Radiobrás, a TV Câmara, a TV UOL e mais não sei quem...

Por fim, o caminhão não pôde descer, mas as laranjas, sim. E vieram, saco a saco, os 60 sacos, as cinco mil laranjas. Não cheguei a ver a bandeira, fui embora antes, mas que ela foi montada, ah, foi. Ali, no meio do gramado cheio de terra, entre pés e pernas cobertos de poeira...

Eu não disse que laranjas e poeira são próximas? Agora só falta saber o que vai acontecer com a votação na Comissão de Ética do Senado. Por enquanto, adiada por causa de dois pedidos de vista. Se o voto vai ser aberto ou não? Depende, ninguém tem certeza... a comissão não tem regimento interno.

Enquanto isso, ficamos aqui, chupando laranjas e comendo poeira.

24 agosto 2007

Talvez

Que importância um jogo pode ter na nossa vida? Um jogo virtual por vezes pode se tornar tão importante que, literalmente, o vivenciamos. Ainda mais quando se trata de um jogo em tempo real.

Somos atacados, atacamos, crescemos, destruímos, criamos e encerramos vidas, nossas e alheias. Podemos, até, criar uma vida nova para nós mesmos. Quão importante isso pode ser? Depende de o quanto queremos nos esconder.

Podemos nos tranfigurar em uma segunda vida, nos transformar em bárbaros, soldados romanos, ou pequenos "asterix" gauleses. Podemos nos tornar grandes jogadores de futebol por um instante, ou um terrorista que quer a todo custo matar os policiais do time adversário.

E às vezes nos envolvemos tanto que perdemos noites de sono, tardes de trabalho, manhãs de estudo. Nos esquecemos de que a vida está aí, correndo enquanto nos preocupamos se estamos "aparecendo bem na fita" naquele jogo lá na internet. Na verdade, nem precisa ser na internet...

O quanto vale a pena? Só os dias perdidos vão dizer. Talvez ainda consiguemos recuperar alguma coisa, talvez nem tenhamos perdido tanto assim, talvez tenhamos sido suficientemente sensatos na hora de conciliar vida real e vida virtual. Talvez... talvez não queiramos viver sempre no talvez...

21 agosto 2007

Mais uma vez, Bebel

Poucas coisas na vida podem ser tão fortes como uma mulher que se sinta traída. Bebel que o diga. E a Alice também. Também, quem mandou homem ser cafageste.

Por favor, não me entendam mal. Eu sei que sempre vai ter um homem - e uma mulher - dizendo que nem todos são assim, que não devemos generalizar. Mulher apaixonada gosta de homem cafajeste porque ele diz o que ela quer ouvir, ele sabe o que fazer e dizer para que ela se sinta completamente confiante no amor dele.

Mas, enfim, a questão aqui não é saber se todos os homens são cafajestes e se todas as mulheres apaixonadas são burras. Eu, na verdade, acho que não, para os dois casos. Mas...

Voltando ao fato. Mulher traída (ou que se sinta assim) é mais forte que touro brabo. Assistir alguns capítulos da atual novela das 20h é prova disso. Ou vocês acham que não existe de fato quem faça o que a Bebel e a Alice fazem com o Olavo? Ah, existe... não que eu ja tenha visto, mas tenho certeza de que existe.

Destruir o casamento da paixão da sua vida. Matar o homem que te traiu no dia do casamento. Ações extremas, talvez, mas eu digo e repito. Mulher traída? Sai de baixo! Por isso, rapazes, cuidado com as escapadinhas que vocês às vezes gostam de dar. Cuidado porque vocês podem não saber com quem estão lidando...

Fui!

20 agosto 2007

Uma volta (in)esperada

De volta. Vocês já devem ter percebido.

Vocês quem, cara pálida? Ainda achas de fato que alguém ainda lê tal singela página? Será que alguém ainda anseia por uma nova atualização? Ah, cara pálida...

Talvez não houvesse mais vivalma que esperasse o blog ser atualizado. Fazer o quê? Confesso que fiquei tempo por demais sem nada de novo a preencher este espaço cibernético.

Ficou mesmo. E se ainda havia qualquer pessoa interessada no que escrevias, migrou para algum dos links que constavam de tua página em seu layout antigo.

Podem ter migrado. Com certeza ganharam com Oh, Mascaras! e How the west was won. Mas talvez também tenham perdido de ler o que eu escrevia em outras localidades neste mar de gigabites.

E por acaso avisaste alguém quando estavas no Campus Online? E quando migraste para o impresso, nem uma linha sequer! Neste meio tempo, poderias ter dito para procurarem por ti na página do Marista, mas também disto, nem uma mísera vírgula!

Opa! Calma lá. Não julgue uma vírgula, pois de mísera nada tem...

Que seja, mas nem uma vírgula colocaste por aqui. Simplesmente me abandonaste. Preferiste se deliciar com as matérias que iam para a capa da agência. Ou simplesmente ficavas a ler a estória do bruxinho londrino...

É... bem... como negar que ficava, e ainda fico feliz quando vejo que há uma chamada de capa que leva o leitor para um texto meu? Nem foca sou, mas apenas uma estagiária... a mente cansa de escrever, as idéias simplesmente não vêm...

Desculpa furada! Quando queres, escreves. Basta comer um pedacinho de chocolate que lá estás a escrever belos textos para migos, mãe, namorado...

Sim estou, mas nada que ache que caiba aqui.

Besteira! Você me abandonou, abandonou seus leitores com desculpas esfarrapadas. Cabeça vazia... onde?!

Ok, ok... sem reclamações então? Cansei, ok? Cansei, mas voltei. Num esforço tremendo. Voltei e não pretendo largar de mão. Ora bolas, deixa de reclamar, já é o segundo texto que escrevo aqui hoje. Tá recauchutado, visual novo, mais bonito, menos abacate... de abacate, basta o crachá, ok?

Bom. O fato é esse: voltei. Gostou? Que bom, fique à vontade. Não gostou... simples, basta mudar o endereço da página.

Como sempre, viagens desconexas por aqui. Pensamentos que não precisam seguir um padrão. Não tenho um manual de redação aqui... Fique à vontade, a casa é minha.

Ainda sobre anjos

Eles eram simplesmente amigos. Foi assim que os conheci: amigos. Parece que foi ontem quando, caminhando de volta para casa - eu para casa, um deles, para a loja do pai - ele me pediu que não magoasse seu amigo.

Eles eram amigos, se entendiam com uma palavra. Palavra essa que poderia dizer muito mais do que parágrafo inteiro. Às vezes um parágrafo inteiro que, postado no blog, era mais significativo do que uma conversa ao vivo. Eles eram simplesmente amigos. Daqueles que se conheceram na faculdade e parecia, aos que viam de longe, que se conheciam desde a mais tenra infância.

Eles ainda eram amigos quando o mesmo que me pediu para não machucar seu amigo veio me dizer que gostava de mim - mas ele já sabia a resposta e, na prática, pouca coisa mudou, ao menos aparentemente. Mas o importante é que eles eram amigos. Um do outro e meus também.

Amigos de ficar horas fazendo um trabalho pontuado por paradas para um chá, um iogurte e muita, mas muita conversa mesmo. Aliás, um trabalho que só terminou lá pelas quatro da manhã - e um dos amigos ainda tinha que fazer uma verdadeira viagem até em casa. Enfim, amigos.

Mas a vida às vezes nos distancia um pouco dos amigos. Isso não quer dizer que já não o são, mas pouco se vêem. Santo MSN...

Mas não foi bem assim. Quando a vida deixou que me aproximasse mais uma vez dos amigos, eles já não eram mais amigos. Amigos meus, mas não entre si. Pouco se falavam, isso quando se falavam. Para falar a verdade, não sei dizer por quanto tempo, mas o fato é que, em um período, mal se olhavam, nem se cumprimntavam direito.

O fato é que já não se entendem com uma palavra. O blog pelo qual conversavam já não mais existe. Cada um seguiu seu rumo. Um foi para lá tentar a vida. Outro resolveu se aventurar por aqui mesmo.

Um mais capitalista do que nunca - independentemente de viés partidário. O outro, ainda com suas idéias revolucionárias, seu turbilhão na cabeça, suas convicções socialistas (?).

Nem por isso deixaram de ser anjos um para o outro. Mas mesmo os anjos podem ter prazo de validade. Nem sempre eles serão eternos em nossas vidas.

Quantos anjos já passaram por você? E quantos duraram mais que uma década? Pergunta difícil, talvez. Mas são todos anjos. Graças a Deus, são anjos.

Angels

Sometimes we just do not realise, but we've got angels in our lives since the moment we are born. Yeah, even if we don't believe in God (oh, I do believe), we must be aware that we've got angels all over us.

Why? How? Well... maybe you are used to call them other names. Sometimes, we call them mum. They can also be relatives of ours. But the greater number of angels we have we call them friends. They take care of us. They are always there when we need them. And usually we are there for when they need us too.

Somehow, sometimes we don't give them all they deserve from us. Of course, nobody is perfect. And they just understand that.

I must thank God for all the angels he's put in my life. There are so many of them. And maybe they never imagine how important they've been for me, to keep me ok, to hold me in life.

And I just wanna thank, God and them. Thanks, my precious angels. Thanks my precious friends.

- Just trying to get back to writing here.