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23 outubro 2007

Será?

Pesquisa mostra que 37% trabalham 'de corpo e alma' no Brasil

Bela manchete a d'O Globo Online agora, às 11h15 de terça-feira. Mas... não soa estranho esse "índice alto" logo no Brasil? Para mim soa um pouco, sim.

Não tenho dados, mas pelo que vejo, ouço, leio, não vivemos num país onde as pessoas de fato trabalham naquilo que escolheram por afinidade. Trabalham no que aparece, no emprego que o mercado disponibiliza. Ou seja, trabalham simplesmente para sobreviver.

De fato, se perdemos para o México no percentual de pessoas que se entregam 100% ao trabalho e ganhamos de alguns países asiáticos, isso também não quer dizer que a nossa "massa proletária" - esteja ela no setor que for - seja menos feliz que a mexicana e mais feliz que a asiática.

Enfim, por que comentar isso? Porque eu estou me formando, e comigo mais algumas centenas, quiçá milhares de pessoas, que, sim, um dia sonharam em poder desenvolver todos os conhecimentos adquiridos na faculdade em um emprego que dê prazer, vontade de a cada novo dia acordar e ir trabalhar, motivação para crescermos cada vez mais no conhecimento e na carreira.

É para isso que estudamos. Infelizmente, apesar dos 37% da pesquisa, nem sempre é isso o que temos.

22 outubro 2007

Considerações de uma cabeça cansada

Noites insones como não deveriam ser. Mas o que fazer se tenho menos de 15 dias para terminar minha reportagem do TCC e não consigo me concentrar? Penso em minha mãe que logo vem, no espetáculo do Cirque du Soleil que verei e na formatura que não chega.

Penso nos apenas dois candidatos que faltam para que eu seja chamada na Radiobrás, na carteira de trabalho que tenho de tirar, nas notas que talvez terei que adiantar, no salário razoável que poderei ganhar.

Penso no fim de ano que será limitado, nos feriados e férias que nem tão cedo terei. Penso nas horas que vou ficar dentro do quarto e nas festas às quais não irei, para terminar a minha reportagem.

Reportagem que me dá ânimo pelo tema, mas me desanima porque não me vem à cabeça sua forma completa. Quero escrevê-la, penso nela todos os dias. Mas preciso de descanso. Sinceramente, talvez até preferisse ser logo chamada, assim sairia do estágio para dar tempo de tudo fazer. Correria? Sem dúvida seria, mas pelo menos minhas horas insones, apesar do sono que tenho, não mais seriam.

Enquanto isso, vou lendo blogs de amigos. Coisas bem diferentes do que faço, bem mais jornalísticas, sem dúvida. Mas essa não é a minha proposta. Fico com os devaneios, as imagens distorcidas, as palavras sem nexo.

Fico com elas e o que bem entender. Jornalismo, esse eu deixo para o trabalho, seja na faculdade, seja no emprego. Jornalismo que aprendi a respeitar. Amar talvez fosse demais. Aprendi, sim, a querer fazer sempre e bem feito. Na medida do possível. Mas estagiário não pode viajar...

21 outubro 2007

Domingo feioso. Pelo menos rendeu alguma coisa. Isso que mal passamos das 18h (17h no relógio teimoso do computador). Hoje é o dia nacional de ver filme. Domingo, dia de cinema. Para os quebrados de plantão, dia de DVD em casa, pago pelo namorado, claro. Acho que já reclamei demais da falta de dinheiro...

Domingo que antecede a prova de alemão. Será que estudei o bastante? Ich weiß das nicht (alguém me ensina a colocar o ß sem precisar copiar lá do mapa de caracteres, por favor...). Ich hoffe, ich alles gelernt habe.

Bom, namorado chgou, eu vou. tchau.

18 outubro 2007

Hã?

Já passa das dez e... opa, dez, não, onze (ai, relógio do computador, que insiste em sair do horário de verão...). Recomecemos...

Já passa das 23h e, mais uma vez, cá estou eu, em frente ao computador. Desta vez, tentando tirar algumas palavras da mente, para exercitá-la (e atualizar o blog, claro). Mas não é tarefa fácil, por isso, me perdoem os erros, caso existam, e os pensamentos mais desconexos que o normal.

É que sou uma formanda sem dinheiro, que tem que estudar para a prova de alemão de terça, colocar em dia as leituras de Políticas, além de terminar de degravar uma fita para a minha reportagem do trabalho final de curso. Por falar nela, tenho que começar a escrevê-la, é urgente...

Mas voltemos à noite de hoje, no quarto, TV desligada. Dessa vez vou conseguir não me apegar à novela das 20h, que começa às 21h, no horário de Brasília. Foi só por hoje que parei um monte de coisa para fazer as unhas, que nem estavam em seu pior estado. Mas é que sábado tenho um ensaio fotográfico - começando de forma paupável os preparativos para a festa de formatura...

Por falar nas fotos de depois de amanhã, tenho que ir dormir. Amanhã tenho que levantar cedo, academia vai ter que ser antes da aula, antes da degravação, antes da análise do material, do banho, do café da manhã, do trabalho, do cabelereiro. Ufa, é antes de muita coisa, ou melhor, antes de tudo o que farei amanhã.

Cabelereiro... para as que estão com o dinheiro contado - me recuso a explicitar o tamanho da minha pobreza, isso que mal passamos da metade do mês - é um luxo. Luxo necessário, convenhamos. Afinal, tenho as foto e tenho que me cuidar.

Bom, depois de escrever e não falar quase nada, vou-me indo, pois já lasquei a unha do indicador - recém feita - pelo menos duas vezes no teclado que me serve de instrumento precioso para a escrita.

Boa noite, que eu vou dormir com os anjos. Que eles estejam com vocês também.

Ah, antes que eu esqueça, choveu em Brasília, mais um pouquinho. Deus permita que voltemos ao normal da época, de chuva ao menos três vezes por semana na capital inteira.

Mudando de assunto...

Saio da política - ou políticas de comunicação - e vou para o esporte. Mais precisamente, o futebol. Depois de um bom tempo, a seleção brasileira voltou ao Maracanã, jogou regularmente, mas lavou a alma de quem gosta do esporte.

Confesso que não é meu predileto, mas já me proporcionou fortes emoções. Na ausência de Senna, Giba, Tande, Ricardinho, Bernardinho (sim, meu ídolo), nada como cinco gols numa partida no Maracanã. Até gostaria de estar lá, mas não tinha como. A TV serviu.

O Dunga, como técnico, ainda não convenceu. Se ele tem futuro, veremos nas próximas partidas. E que venham os Argentinos! (aiai, sei se quero mesmo não... vai que perde... aliás, vai ser quando mesmo? alguém sabe?)

Curtinho assim mesmo, só pra registrar...

Sobre MPs, Renan, fidelidade partidária e... mudança

Uma semana bem agitada, sem dúvida.

O Supremo Tribunal Federal votou pela fidelidade partidária para cargos proporcionais (deputados, vereadores). Foi, sem dúvida, um primeiro passo na tentativa de moralizar a relação entre partidos e políticos. Aliás, tudo indica que os cargos majoritários vão no mesmo caminho. O Tribunal Superior Eleitoral já aprovou, ontem (16 - ainda não fui dormir, então hoje ainda não acabou), a mesma regra para prefeitos, governadores, senadores e presidente da República: mudou de partido, sem mandato.


Como se não bastasse, o nosso digníssimo (hã? digno?! enfim...) senador Renan Calheiros (PMDB/AL) passou de presidente a ex-presidente do Senado Federal. Depois de semanas de crise, muita pressão para sua licensa do cargo da oposição e mesmo de parlamentares governistas, frente à necessidade de votar a CPMF e outras medidas provisórias que estão aí, enfim ele saiu, agora com cinco representações contra ele na Comissão de Ética.

Por falar em medida provisória, mais carinhosamente chamadas MP's, saiu a que cria a Empresa Brasil de Comunicação, a tão falada TV Brasil. Tem gente que não conhece, mas já existe uma TV com esse nome, e seus quadros são, majoritariamente, da Radiobrás (quase extinta Radiobrás). O que muda? Para os canais televisivos públicos, esperamos que muito, e para melhor. Se fizerem como estão falando, prometendo...

Lá na Agência Brasil, por enquanto, quase nada. Ok, ok... quatro editores ou qualquer que seja o cargo não é pouca coisa. Eles conviviam há mais de três anos com a redação da ABr diariamente. Faziam, sim, parte da equipe, e de forma muito importante. Dois já se despediram. Outros dois estão quase lá.

Quer mais? Acho que, por enquanto, já temos muitos pontapés iniciais para mudanças, que podem se concretizar positivamente ou só nos deixar com água na boca, como mudanças frustradas, que na prática nada melhoram. Eu fico com a primeira opção. Ou pelo menos espero que seja essa a realidade daqui a alguns meses, anos ou eleições. De qualquer forma, só o tempo dirá.

04 outubro 2007

Qual o preço do diploma?

Na verdade, o preço, a depender de onde estudamos, não chega a ser o mais relavante. No caso da UnB, digamos que o preço dos livros, das xérox e da colação de grau. O resto, é mais que lucro. Às vezes ganhamos mais fora do que seria a vida "normal" e esperada de uma faculdade. Às vezes de fato temos que cuidar para não deixar que a faculdade atrapalhe os nossos estudos.

Mas não é esse o ponto crucial. O fato é que, não importa se estudamos em universidade pública ou faculdade particular. Sempre acabamos pagando um preço pelo diploma, diretamente ou não. Será que esss preço é recompensado depois que temos o bendito em mãos?

Típico questionamento de quem está às portas da formatura. Mais que isso, alguém que pode se tornar refém de um diploma assinado pelo reitor para ter a vaga que já foi ganha.

Pouco, é isso o que vale um diploma depois que saimos da faculdade. Talvez menos que pouco, muitíssimo pouco. E aí não importa o preço pago por ele, a desvalorização é imediata e drástica. Mesmo que continue válida, uma graduação já não tem o mesmo significado que há algum tempo atrás (não me arrisco a precisar qualquer período).

Certo? Errado? Pouco importa a legitimidade deste fato, sua legalidade ou se é moral ou não jogar no lixo (convenhamos, isso não chega a ser um exagero) algo entre quatro e seis anos da nossa vida. Garantia que esse investimento nos dá é somente a cela especial na cadeia. Temos o "colarinho branco", por assim dizer.

Fora isso, mais nada. De qualquer forma, concordem ou não, pensamentos de uma jornalista quase formada, cujo diploma vale não mais que o piso da categoria.