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18 outubro 2007

Sobre MPs, Renan, fidelidade partidária e... mudança

Uma semana bem agitada, sem dúvida.

O Supremo Tribunal Federal votou pela fidelidade partidária para cargos proporcionais (deputados, vereadores). Foi, sem dúvida, um primeiro passo na tentativa de moralizar a relação entre partidos e políticos. Aliás, tudo indica que os cargos majoritários vão no mesmo caminho. O Tribunal Superior Eleitoral já aprovou, ontem (16 - ainda não fui dormir, então hoje ainda não acabou), a mesma regra para prefeitos, governadores, senadores e presidente da República: mudou de partido, sem mandato.


Como se não bastasse, o nosso digníssimo (hã? digno?! enfim...) senador Renan Calheiros (PMDB/AL) passou de presidente a ex-presidente do Senado Federal. Depois de semanas de crise, muita pressão para sua licensa do cargo da oposição e mesmo de parlamentares governistas, frente à necessidade de votar a CPMF e outras medidas provisórias que estão aí, enfim ele saiu, agora com cinco representações contra ele na Comissão de Ética.

Por falar em medida provisória, mais carinhosamente chamadas MP's, saiu a que cria a Empresa Brasil de Comunicação, a tão falada TV Brasil. Tem gente que não conhece, mas já existe uma TV com esse nome, e seus quadros são, majoritariamente, da Radiobrás (quase extinta Radiobrás). O que muda? Para os canais televisivos públicos, esperamos que muito, e para melhor. Se fizerem como estão falando, prometendo...

Lá na Agência Brasil, por enquanto, quase nada. Ok, ok... quatro editores ou qualquer que seja o cargo não é pouca coisa. Eles conviviam há mais de três anos com a redação da ABr diariamente. Faziam, sim, parte da equipe, e de forma muito importante. Dois já se despediram. Outros dois estão quase lá.

Quer mais? Acho que, por enquanto, já temos muitos pontapés iniciais para mudanças, que podem se concretizar positivamente ou só nos deixar com água na boca, como mudanças frustradas, que na prática nada melhoram. Eu fico com a primeira opção. Ou pelo menos espero que seja essa a realidade daqui a alguns meses, anos ou eleições. De qualquer forma, só o tempo dirá.

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