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11 agosto 2005

Meu Pai

Uma singela homenagem, alguns dias adiantada...

Um ser presente e ausente ao mesmo tempo. Quase somente uma lembrança, tão viva quanto uma marca queimada com ferro quente, no lado esquerdo do peito, gravado no coração. Conhece-me tão bem quanto eu mesma, e tão pouco como o vizinho do apartamento em frente, que nunca me viu.

Presença mensal na conta bancária. Acompanhamento de perto na produção alcançada. Não é uma troca comercial. Isso é, simplesmente, a forma encontrada para tomar conhecimento de minha vida, de como cuido do meu futuro. Cuidado, carinho. Em verdade, nada lhe devo de lucros ou dividendos obtidos. Sua recompensa é saber que aplico bem todas as orientações repassadas em cada oportunidade, seja o encontro real ou virtual.

Ausência talvez pouco sentida. Ressentimento provavelmente escondido no subconsciente. Perdão pedido, e prontamente aceito, a cada vez que tudo isso vem à tona.Amor compartilhado sempre, apesar de qualquer coisa.

Uma grande figura, meu pai. Poderia ser qualquer coisa minha, inclusive um simples desconhecido. No entanto, tudo isso só pode ser escrito porque, dentre tantas possibilidades, Alguém quis que fosse nada menos do que MEU PAI.

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