Minha primeira vez

A primeira vez a gente nunca esquece, certo? Certo. Pois hoje - quando faz exatos dez anos que coloquei um vestido azul rodado e dancei a valsa dos meus 15 anos com papai - vivi a minha primeira vez. A primeira em que me vesti de noiva. Uma emoção inesquecível. E indescritível.


Cheguei na Amor e Laços sem pretenção nenhuma, a não ser dar uma olhada em vestidos de renda, pra ter ideias para o meu vestido de noiva, modelo, caimento, tecido do forro... Até hoje de manhã eu tinha certeza de que ele seria feito por uma rendeira lá no Pontal da Barra, em Maceió. Seria exclusivo, só meu. E eu poderia reaproveita-lo depois do casório.

(Na verdade, não que eu faça questão de exclusividade no modelo do meu vestido de noiva. Nunca fiz, a bem da verdade. Até pela experiência com o vestido dos meus quinze anos. O vestido está lá, pendurado no meu armário até hoje, sem nunca ter sido usado novamente. Nem sonho em caber nele de novo!)

O fato é que, depois de provar um, dois, três... quatro! vestidos da Amor e Laços, todas as minhas certezas começaram a escoar lentamente pelo ralo. Já não sei mais se realmente quero a renda de cima a baixo que queria. Será que não é melhor um drapeado só com aplicações de renda e uns brilhos ao longo do vestido? Não sei, não sei, não sei. Mas acho que não mais fecharei o modelo com a rendeira com quem conversei no início de janeiro.

Aiaiaiaiaiaiai. E agora, quem poderá me ajudar? Com certeza, não vai ser o Chapolin Colorado. Talvez mamãe, mas vai ser só vendo fotos, pelo menos por enquanto. Dindinha e afilhada Dani também já deu a sua parcela de colaboração indo comigo lá na loja e dando sua opinião. Agora é, como fiz junto com o Renan para outras coisas que já escolhemos, colocar a cabeça no travesseiro, pesar vantagens e desvantagens e pedir que Papai do Céu ajude na decisão.