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15 março 2005

"Cada um de nós tem sua maneira de amar e de odiar, e esse amor, e esse ódio refletem toda a nossa personalidade. Porém, a linguagem designa todos esses estados pelas mesmas palavras em todos os homens; por isso, só pode fixar o aspecto objetivo e impessoal do amor, do ódio e de todos os sentimentos que agitam a alma. (...) Mas, assim como poderemos intercalar indefinidamente pontos entre dois espaços de um móbile sem jamais preencher o espaço percorrido, assim, pelo simples fato de que falamos, pelo simples fato de que associamos idéias umas às outras e que essas idéias se justapõem em vez de se interpenetrarem, falimos na tarefa de traduzir inteiramente em palavras aquilo que a nossa alma sente: o pensamento permanece incomensurável coma linguagem."

Henri Bergson

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